“Um final frustrante” para António Félix da Costa

FORMULA E EDITOR

António Félix da Costa não queria ter terminado a última corrida da época de Fórmula E contra os muros do traçado do aeroporto de Templehof. Mas foi o que sucedeu por ‘cortesia’ de Lucas di Grassi, que deu ‘um chega pra lá’ no DS Techeetah do piloto português e dessa forma lhe arruinou a corrida, que, diga-se a verdade, já estava a ser complicada quanto baste. Depois do sétimo lugar no confronto de ontem, a 15ª posição de largada para o confronto ara a corrida de hoje, antecipava dificuldades para Felix da Costa. O que se confirmou.

Mesmo assim o piloto de Cascais mantinha a expetativa de conseguir recuperar posições, mas a verdade é que tudo foi mais difícil, mesmo depois de ter ido aos dois ‘attack mode’. Perdeu várias posições, e quando se tentava defender de Di Grassi o brasileiro da Audi Abt Sportsline não esteve com meis medidas e ‘apertou’ o DS Techeetah de Félix da Costa contra o muro, causando o seu abandono no local. O piloto de São Paulo, como lhe é habitual, atribuiu a culpa ao português – Di Grassi nunca na sua carreira assumiu culpa de nenhum acidente em que foi protagonista, contrariamente a António. Mas a Direção de Corrida não concordou com o brasileiro porque o penalizou com um ‘drive through’.

Certo é que Félix da Costa, que ainda disputava o título desistiu, enquanto Lucas di Grassi foi último. Claramente um final frustrante e que me deixa desiludido. Sabíamos que não seria fácil chegar ao título aqui em Berlim, mas nunca desistimos, lutamos com todas as nossas forças e terminar desta forma é dececionante”, começou por dizer o piloto português após a prova. António refere ainda sobre o piloto brasileiro da Audi que a sua conduta foi questionável. O que não se compreende em alguém com o seu currículo: “Penso que o Lucas di Grassi com a experiência que tem deveria ter tido outra atitude, pois acabou por destruir não só a minha corrida, como também a dele e na verdade eu e ele eramos os dois únicos pilotos que ainda tinham possibilidades naquele momento da corrida de hoje de chegar ao título”.

“Enfim, nada que pudesse fazer, resta-me agradecer à equipa DS Techeetah que trabalhou incansavelmente para revalidar o título, mas infelizmente este ano não conseguimos”, avalia também Félix da Costa, que não deixa de sagrar o piloto que o sucedeu como campeão da disciplina: “Parabéns ao Nyck de Vries e à Mercedes pelo título, foram uns justos vencedores, para ano voltaremos com toda a força para lutar e recuperar o título Mundial de Fórmula E. Uma palavra final para todos os milhares de Portugueses que me apoiaram ao longo de toda a época, é incrível a força que me deram sempre”.

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