O Campeonato de Portugal de Ralis 2021 não podia ter começado melhor, com ‘sabor internacional’, não só devido ao nome do vencedor mas pela qualidade de plantel que esteve presente no Rali Terras d’Aboboreira, que só pode encher de orgulho todos aqueles que fazem parte do Clube Automóvel de Amarante. Além disso foi uma prova muito disputada, mesmo que tenha ganho um norueguês com talento, Ole-Christian Veiby, e ‘montado’ num Hyundai i20 R5 de fábrica. Sendo que o evento disputado no baixo Tâmega não foi propriamente um ‘passeio’ para o nórdico, já que Pepe Lopez terminou a uns escassos 2,8 segundos.
Se as diferenças iniciais seriam naturalmente curtas faca à extensão das especiais disputadas, elas mantiveram-se até final, sendo que na frente do rali nunca nada esteve garantido e houve várias trocas de posição, que o diga Lopez, que no começo da tarde se encontrava apenas no quarto posto. Em três especiais tudo mudou e o espanhol acabaria por se superiorizar a Chris Ingram, terceiro a pouco mais de 11 segundos do vencedor. O britânico, ex-campeão europeu, teve uma prova de altos e baixos, terminando melhor do que começou, deixando o melhor português, Ricardo Teodósio, a apenas dois segundos.
O quarto lugar do algarvio foi o resultado de uma grande consistência, que lhe vale a pontuação máxima para o Campeonato de Portugal de Ralis, sendo que ao nível da CPR surpreendeu pela positiva a exibição do seu colega de equipa na ARC Sport, Miguel Correia, que teve a sua melhor exibição de sempre, para terminar no top seis absoluto e fechar a prova na segunda posição da competição doméstica, atrás daquele que é o campeão em título, Armindo Araújo. Este nunca esteve muito à vontade nos troços do Marão e da Aboboreira, sobretudo na última secção do rali, que o fez ser terceiro no CPR e quinto classificado em termos absolutos.
Para além das exibições dos três primeiros do campeonato português, também merece destaque o regresso de Bernardo Sousa, que aos comandos de um Skoda Fabia R5 da primeira geração foi ‘trepando’ na classificação para terminar no quarto lugar do CPR e na oitava posição absoluta, atrás de Bruno Magalhães. Isto num contraste para as dificuldades encontradas por José Pedro Fontes, que fechou o top dez absoluto na estreia com o Citroën C3 Rally2 na competição principal dos ralis nacionais.
Classificação final
1º Ole-Christian Veiby/Jonas Andersson (Hyundai i20 R5) 1.06.36,1
2º Pepe Lopez/Pedro Vallejo (Skoda Fabia Rally2) + 2,8
3º Chris Ingram/Ross Whittock (Skoda Fabia R5 Evo) + 11,1
4º Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia R5 Evo) + 11,9
5º Arnindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia R5 Evo) + 20,2
6º Miguel Correia/António Costa (Skoda Fabia R5 Evo) + 21,4
7º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20 R5) + 39,7
8º Bernardo Sousa/Victor Calado (Skoda Fabia R5) + 50,2
9º Alberto Heller/Marc Marti (Citroën C3 Rally2) + 1.01,3
10º José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 Rally2) + 1.06,4
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