A jornada da Porsche Sprint Challenge Ibérica, no circuito espanhol de Motorland, em Navarra, deixou alguns ‘amargos de boca’. Que o diga José Barros que não tem dúvidas quanto ao nível de pilotagem existente na competição monomarca mais rápida de Portugal e de Espanha. O jovem piloto do Porto chegou ao traçado aragonês no comando da classificação dos pilotos Am e estava determinado em se bater por bons resultados para manter o primeiro lugar e se possível ‘cimentá-lo’. No entanto, desde cedo, o seu fim-de-semana começou a correr mal, com o motor do seu Porsche 991.2 GT3 Cup a partir na primeira sessão de treinos-livres, o que o impediu de participar na segunda, deixando-o em desvantagem.
Ainda assim, na primeira qualificação José Barros mostrou-se muito competitivo e conseguiu a segunda posição na sua categoria, sexta da geral, o que lhe abria possibilidade de poder lutar pelos melhores lugares da Am. O piloto portuense mostrou um andamento muito forte assim que a primeira corrida teve o seu início, sendo o principal candidato ao triunfo da sua categoria. Porém, quando se aprestava para concluir a ultrapassagem para primeiro, sofreu um toque do seu adversário que o enviou para o abandono. E após um sábado desapontante, o jovem de 18 anos esperava corrigir a situação no domingo, e este começou da melhor forma, com a conquista da ‘pole-position’ da Am, quinto lugar da geral. O primeiro passo estava dado para um sucesso dominical, mas no arranque, o seu adversário directo apertou-o contra o muro e quando chegou à travagem para a primeira curva, na zona suja, não teve como evitar o contacto com Pedro Salvador, tendo sido obrigado a abandonar novamente.
“Foi um fim-de-semana dececiontante. Não conhecia o circuito, mas preparei-me bem e estive competitivo, apesar de não ter participado na segunda sessão de treinos-livres, por se ter partido o motor do meu carro. Julgo que tinha andamento para poder vencer as duas corridas na minha categoria, mas o meu adversário direto teve sempre uma postura muito agressiva, acabando por ser o causador de ambos os meus abandonos. Não há muito mais a dizer quanto ao fim-de-semana – tinha andamento, mas fui impedido de mostrar o meu potencial. Quero agradecer à Veloso Motorsport pelo trabalho e dedicação para que pudesse estar competitivo apesar de todas as contrariedades”, afirmou José Barros. O jovem portuense entende as contingências das corridas que podem, por vezes, criar situações profundamente decepcionantes, mas não compreende o porquê de alguns comportamentos serem permitidos”.
“Todos nós erramos, somos humanos! Eu próprio dei um toque no Pedro Salvador, no arranque, apesar de ter sido espoletado por um apertão do piloto que estava na luta comigo pela liderança da Am. Mas no final, assim que pude, fui falar com o Pedro e explicar toda a situação. Penso que é importante este tipo de abordagem, mostra respeito, o que é essencial para o bom ambiente da competição e para que em pista não existam situações como as que se verificaram. O mesmo piloto teve um papel ativo nas duas desistências que tive este fim-de-semana e nada foi feito da parte de quem de direito. Esta é uma situação que me desagrada profundamente e que contribui para um ambiente negativo na Porsche Sprint Challenge Ibérica”, sublinhou anda José Barros.
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