Marco Ferreira e Edgar Gonçalves ‘assinaram’ uma boa exibição no Rally de Lisboa, prova realizada no passado fim de semana nos concelhos a norte da capital e que CPKA candidata ao Campeonato Sul de Ralis de 2022. Antes do evento o piloto alentejano avisava para a possibilidade de não estar no seu melhor, por não competir “há uns meses”. Mas também se mostrava motivado “em fazer os primeiros quilómetros com o novo motor” no seu Citroën Saxo “e, principalmente, fazer o troço de Montejunto e chegar à Super Especial em plena capital do país”.
Mas o receio de Marco Ferreira era infundado, e logo na primeira especial andou ‘à porta’ do top 10 e ara terceiro das duas rodas motrizes, mesmo sentindo que “não estava bem sintonizado” com o seu navegador. No troço seguinte um despiste de uma equipa que os antecedia e que viria mesmo a provocar a neutralização do troço, provocou o seu primeiro susto. “Só conseguimos perceber que havia um acidente muito próximo do mesmo, numa direita cega e muito, muito suja, o que fez com que só conseguíssemos parar o Saxo a poucos centímetros da viatura acidentada. Apesar de ter tido oportunidade de lhes dizer pessoalmente no local, aproveito para desejar novamente uma rápida recuperação ao Rui Sousa e ao António Serrão”, conta.
No troço de Alenquer, Marco Ferreira sentiu alguns problemas de travões na parte final de especial, baixando duas posições na tabela, reagindo logo de seguida, em Montejunto. Aqui e, apesar “da segunda metade do troço ser a descer e com zonas de quinta velocidade, fomos ser rápidos e subimos um lugar na classificação”. A boa exibição até aí, motivava a equipa do Citroen Saxo para a mais longa especial da prova, com mais de 16 quilómetros. Partindo no 10º posto e apenas a 2,4 segundos do nono lugar, Marco Ferreira partiu ao ataque e “estava a correr bem, até começarmos a sentir alguns problemas de motricidade. Mas o pior estava para vir pois, a cerca de dois quilómetros do fim, numa zona muito encadeada e a descer, comecei a sentir o pedal de travão muito esponjoso e decidi levantar o pé. Contudo, mesmo assim, fizemos um pião quando, numa curva muito fechada, tive que puxar o travão de mão. Depois, o motor de arranque não colaborou, e tivemos que empurrar o carro para conseguir iga-lo e acabar o troço”.
Chegado momento de saborear a Super Especial na Alta de Lisboa. A mesma era um dos pontos altos do Rally de Lisboa e “teria dado mais gozo, não fossem os problemas no carro e os pinos que tínhamos que contornar, mas valeu pela moldura humana que nos brindou com a sua presença, à semelhança de todos os outros troços do rali”. Mas, apesar de todos os incidentes, Marco Ferreira e Edgar Gonçalves mostraram, uma vez mais, toda a sua competitividade, terminando no 16º posto da geral, entre 48 concorrentes, sendo ainda quintos da classe. Um resultado positivo, que deixou o piloto alentejano“satisfeito, sobretudo pelo andamento forte” demonstrado. Deixando desde já um agradecimento “à Inside Motor, pela preparação e assistência neste rali, e dar os parabéns à organização e ao público que abrilhantou a prova. Um agradecimento special à minha família, que esteve presente no rali a dar uma motivação extra, e aos nossos patrocinadores, que merecem uma prova assim, com toda esta envolvência e mediatismo”.
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