Yves Deflandre e Jennifer Hugo (Porsche 911) venceram o XVIII Rally de Portugal Histórico, que terminou na madrugada deste sábado, em Sintra, após 1.868 quilómetros disputados em diferentes regiões do país. Piloto belga ampliou o seu recorde de triunfos na prova do Automóvel Club de Portugal, com os espanhóis Marcos Adan e Adolfo Almuiña (Peugeot 205 GTi) a subirem ao segundo lugar do pódio, na frente do francês Christophe Baillet e do belga Jean-Marc Piret (Porsche 911 SC).
A 18.ª edição do Rally de Portugal Histórico teve vários dos elementos que já a tornaram uma das mais importantes provas de regularidade da Europa. Além de um pelotão internacional, aos comandos de alguns modelos históricos dos ralis mundiais, a dureza e a beleza natural do percurso também conquistaram as mais de seis dezenas de concorrentes que partiram da Praia de Magoito, em Sintra, na passada terça-feira.
O périplo de 1.868,54 quilómetros, distribuídos por quatro etapas em diferentes regiões do país, terminou com a vitória de Yves Deflandre e Jennifer Hugo, aos comandos do seu já famoso Porsche 911 de 1976. A dupla belga dominou a prova do Automóvel Club de Portugal a partir do atraso dos compatriotas Ruben Maes e Yves Noelanders, que tiveram problemas mecânicos no seu Porsche 914/6 na manhã de quinta-feira, numa secção encurtada pela organização devido às condições atmosféricas adversas.
Arte e engenho
Resistindo a tudo e todos, Deflandre e Hugo impuseram a sua experiência, precisão e a fiabilidade do Porsche 911 com o número 24, garantindo a terceira vitória consecutiva no Rally de Portugal Histórico e a quinta do piloto belga, que reforçou o seu recorde de triunfos no evento. Simultaneamente, esta foi a 13.ª vitória de uma versão do 911 na prova portuguesa, a 11.ª consecutiva!
“Foi uma edição muito particular, devido à meteorologia difícil, a fazer lembrar a Bélgica! As condições na estrada eram delicadas e foi preciso muita concentração em diferentes tipos de piso. Este continua a ser um dos ralis mais bonitos do mundo, mesmo sem sol!”, afirmou Deflandre, já depois da famosa ‘noite’ de Sintra, que voltou a fechar em beleza o Rally de Portugal Histórico.
Assim que Maes e Noelanders ficaram fora de prova, os espanhóis Marcos Adan e Adolfo Almuiña assumiram-se como os principais perseguidores de Deflandre e Hugo, aos comandos do pequeno, mas bem preparado, Peugeot 205 GTi de 1990. A dupla de Ourense conseguiu, depois, manter essa posição até ao último controlo, em Sintra. Paulo Marques e João Martins ainda prometeram o terceiro pódio português consecutivo no evento (sucedendo a Luís Cavaco/João Serôdio e Piero dal Maso/Sancho Ramalho), mas problemas de saúde do navegador do BMW 1600, já na última etapa, permitiram ao francês Christophe Baillet (vencedor da prova em 2021) terminar no pódio em Sintra, acompanhado pelo belga Jean-Marc Piret (Porsche 911 SC).
Registo para a melhor equipa portuguesa, Luís Carvalho e Sancho Ramalho, que conseguiram o sexto lugar com o BMW 2002 de 1970. “As condições atmosféricas eram difíceis, mas entrámos bem e depois gerimos bem as circunstâncias. Gosto de conduzir, venho pelo desporto e espero voltar no próximo ano”, disse Luís Carvalho.
Aficionado de longa data dos clássicos, Carlos Tavares, o CEO da Stellantis, terminou a prova do ACP no 22.º lugar, num Porsche 911 de 1985, navegado por Laurent Perquin.
Nas contas do Troféu Rally de Portugal Histórico, vitória para os franceses Eric Lataste e Daniel Trevisanut, com um dos carros mais antigos em prova, um Alfa Romeo Giulietta Sprint de 1963.
CLASSIFICAÇÃO – XVIII RALLY DE PORTUGAL HISTÓRICO
1.º Yves Deflandre / Jennifer Hugo (Porsche 911), 363,2 pontos
2.º Marcos F. Adan / Adolfo G. Almuiña (Peugeot 205 GTi), +181,7
3.º Christophe Baillet / Jean-Marc Piret (Porsche 911 SC 3.0), +379,2
4.º Laurent Poncin / Christian Bernard (Opel Kadett C), +542
5.º Michel Badosa / Christophe Marques (Renault 8 Major), +553,3
6.º Luís Carvalho / Sancho Ramalho (BMW 2002), +791,8
Classificaram-se 35 equipas.
Share this Post