Se a qualificação e o começo da corrida de Fórmula E, hoje no Mónaco, indicava que Mitch Evans podia repetir o triunfo conseguido em Roma, a verdade é que na segunda metade da corrida Stoffel Vandoorne foi dono e senhor dos acontecimentos. O belga da Mercedes EQ esteve irrepreensível, pois largando de quarto conseguiu deixar para trás sucessivamente, Robin Frijns, Jean-Eric Vergn, Evans e Pascal Wehrlein, que liderou a prova no seu primeiro terço, depois de uma largada fulgurante, em que surpreendeu o detentor da ‘pole’. O alemão da Porsche manteve-se no comando mesmo depois da primeira ativação do ‘attack mode’, sendo que no grupo da frente Vergne foi o primeiro a fazê-lo. O francês da DS Techeetah estava em posição de assumir a liderança quando Evans e Wherlein acionaram os 250 kW de potência extra, sendo que o alemão conseguiu passar o neozelandês da Jaguar quando começou a debater-se com os seus adversários, devido à energia disponível.
Mitch Evans perderia mais um lugar para Vandoorne, enquanto Pascal Wehrlein deixava para trás Jean-Eric Vergne para passar a comandar a corrida e parecia capaz de dar à Porsche uma vitória convincente. Só que de repente o germânico começou a reduzir a velocidade sendo que acabaria por parar devido à avaria no sistema de recuperação de energia do seu monolugar na 19ª volta. Depois, e ao alargar a trajetória na curva do Casino Vergne não teve outra alternativa senão deixar passar Vandoorne e Evans, sendo a situação de bandeiras amarelas devido ao carro parado de Wherlein à saída do túnel só piorou a sua situação, já que se esfumou o seu ‘attack mode’ Sendo que para completar o dia para esquecer da Porsche André Lotterer e Oliver Rowland se envolveram num acidente em St. Dévote, fazendo neutralizar novamente a corrida e fazendo entrar o ‘safety-car’.
O abandono de mais dois pilotos acabou por catapultar António Félix da Costa para a quinta posição atrás de Robin Frijns, depois de uma primeira metade de prova difícil para o português da DS Techeetah, que arrancou de 10º mas perdeu logo duas posições, vindo depois a recuperar lentamente graças a uma boa estratégia nos ‘attack mode’ e também a uma boa gestão da energia do seu monolugar, seguindo na oitava posição antes da primeira situação de bandeiras amarelas. António chegou a levar um toque de Jack Dennis, mas conseguiu manter o seu carro em pista e depois lograria chegar ao top cinco, depois de deixar para trás Lucas di Grassi e de Lotterer e Rowland desistirem. No último recomeço apenas pôde seguir de perto os quatro primeiros, sendo-lhe completamente impossível passar Frinjs, que terminou à sua frente. Atrás do piloto de Cascais e de Di Grassi, Nick Cassidy, Sebastien Buemi, Jake Dennis e o campeão Nyck de Vries completaram o top dez.
CLASSIFICAÇÃO
1 | Stoffel Vandoorne | Mercedes | 30 | 51’12.473 | ||
2 | Mitch Evans | Jaguar Racing | 30 | 51’13.758 | 1.285 | 1.285 |
3 | Jean-Eric Vergne | Techeetah | 30 | 51’15.766 | 3.293 | 2.008 |
4 | Robin Frijns | Virgin Racing | 30 | 51’15.940 | 3.467 | 0.174 |
5 | Antonio Felix da Costa | Techeetah | 30 | 51’16.425 | 3.952 | 0.485 |
6 | Lucas di Grassi | Venturi | 30 | 51’20.606 | 8.133 | 4.181 |
7 | Nick Cassidy | Virgin Racing | 30 | 51’27.746 | 15.273 | 7.140 |
8 | Sébastien Buemi | DAMS | 30 | 51’30.246 | 17.773 | 2.500 |
9 | Jake Dennis | Andretti Autosport | 30 | 51’30.293 | 17.820 | 0.047 |
10 | Nyck de Vries | Mercedes | 30 | 51’30.756 | 18.283 | 0.463 |
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