Um “rali brutal” para João Vinha no Algarve

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A segunda prova da temporada do Campeonato Promo de Ralis transformou-se num ‘calvário’ não apenas para o piloto da Quatro Quartos Motorsport, mas para grande parte do pelotão. Para além disso, a sorte nada quis com João Vinha e Marco Vilas Boas, que foram forçados a abandonar com um problema técnico. O evento do Clube Automóvel do Algarve vai ficar na memória mas não pelas melhores razões no caso de Vinha.

Ainda antes da competição, a dupla do Mitsubishi Lancer EVO VI alinhou nas sessões de Free Practice e de Qualifying, mas com o intuito de “desfrutar, até porque o piso era completamente diferente dos pisos do rali. Nem me preocupei minimamente com tempos, mas sim em perceber se as afinações do carro estavam bem e andarmos por puro prazer”. No início da noite de sábado, arrancaram para a Super Especial noturna de abertura, andando forte e almejando conseguir o quarto melhor tempo entre os Promo. “Andei rápido, embora sem exageros e correu bem. O traçado não era agradável e, felizmente, saímos de lá sem qualquer toque”. Depois, bem depois, nasceu o dia de sábado, palco da ‘etapa rainha’ da prova, que incluía oito especiais de classificação.

O pesadelo começaria logo na primeira. Com o pelotão a arrancar de minuto em minuto, João Vinha e Marco Vilas Boas perceberam logo desde os primeiros metros da primeira passagem pela especial de Silves que estavam perante o “cabo dos trabalhos’. “Saímos atrás de um concorrente com um carro de duas rodas motrizes e o pó que apanhamos era tal, que eu não via dois metros para a frente… Estivemos para sair por um par de vezes e só penso… se tivéssemos uma saída ou um acidente, com que segurança um de nós viria para a estrada, o meio da nuvem de pó pedir ajuda ou mostrar a placa de OK… Quando chegámos ao CH sai do carro transtornado e muito aflito com o pó”. A partir daí, mesmo com a organização a estabelecer dois minutos de diferença entre partidas, João Vinha foi “muito cauteloso e, na especial, seguinte, fomos sem ritmo”.

Mas, à espera do pelotão estava mais um momento difícil: “Estivemos parados, após terceira especial PEC, por mais de uma hora, o que nos tirou por completo o ritmo. Mesmo assim, eu e o Marco decidimos tentar atacar na segunda passagem pelos dois troços, mas, infelizmente, não tínhamos ainda feito dois quilómetros quando a roda de coroa e pinhão do diferencial traseiro partiu e nada havia a fazer”. Era o fim da saga da dupla da Quatro Quartos Motorsport por terras algarvias. “Saí do algarve muito triste, por mim e por todos os meus colegas e amigos, são mais isso do que adversários. O rali é brutal, com troços fantásticos, a merecer uma reflexão profunda sobre tudo o que correu mal, para que no futuro se evite aquilo que aconteceu nesta edição. Foi mau de mais”.

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