Os planos para fazer regressar a Fórmula 1 num circuito desenhado num bosque da grande Rio de Janeiro foram formalmente abandonados. Isso mesmo foi confirmado pelo governo local, sendo que fica assim posta de parte a ideia do ex-responsável da F1, Chase Carey, de fazer sair o Grande Prémio do Brasil de Interlagos, depois de um acordo celebrado em setembro para levar a prova para paragens cariocas, mais propriamente na zona de Deodoro, uma antiga base militar que foi utilizada em alguns eventos nos Jogos Olímpicos de 2016, incluindo o hóqui, o râguebi de sevens, tiro, BMW, BTT, saltos e pentalo moderno.

Mas o evento ‘esbarrou’ com que questões ambientais, pois implicava um grande impacto na floresta de Camboata, apesar das promessas de mitigar tais consequências plantando novas árvores. O que enfrentou uma grande oposição política e de organizações ambientalistas. Isto apesar da aprovação por parte do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e pela Comissão de Controlo Ambiental (CECA). Numa carta enviada ao governador do estado do Rio de Janeiro, datada de 14 de setembro, Carey queria finalizar os acordos com a Rio Motorsports LCC para organizar e promover eventos de Fórmula 1 no Rio de Janeiro. Mas quando o CEO da F1 percebeu que obter tais licenças seriam difíceis, Chase Carey virou-se novamente para Interlagos e concluiu rapidamente um acordo com o novo promotor que é apoiado pelo governo do Abu Dhabi.

Na segunda-feira, o secretário do ambiente do Rio de Janeiro, Eduardo Cavaliere confirmou que os planos para uma pista do parque Deodoro não iriam por diante, e que o pedido do presidente do município carioca escreveu à INEA confirmando que o pedido de licenciamento do processo para construir o circuito tinha sido “arquivado”. Isto depois do campeão do Mundo, Lewis Hamilton já ter mostrado o seu desagrado com o projeto, pois na sua opinião o interesse na corrida não suplantava os interesses da cidade maravilhosa num “futuro sustentável”.