“Senti-me como em 2019” confessa Fabio Quartararo

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Fabio Quartararo sentiu que a sua vitória no Grande Prémio de Portugal lhe “soube como em 2019”, quando se estreou no MotoGP, e acredita que a sua Yamaha M1 deste ano pode funcionar bem em qualquer um dos circuitos a visitar pela categoria ‘rainha’ do motociclismo mundial. O francês somou a sua segunda vitória consecutiva de 2021 com 4,8 segundos de vantagem sobre o segundo classificado, logrando uma vantagem de 15 pontos no topo do Campeonato do Mundo, após apenas três provas. Um começo comparável ao do ano passado, onde tinha sido apenas 14º na prova que em 2020 se tinha realizado no Autódromo Internacional do Algarve, que nessa altura tinga sido uma das piores pistas para a Yamaha.

Quartararo admite que a pré-época foi complicada, devido à pouca aderência que a M1 tinha na pista de Portimão, fazendo a sua moto sofrer bastante no traçado português, mas o êxito do passado fim de semana provou que isso são ‘águas passadas’. “Sinceramente sinto-me como em 2019. A moto funcionou tão bem e tivemos a mesma. Não lhe tocamos. Chegamos aqui exatamente com a mesma moto que tínhamos no Qatar, mudamos poucas coisas. Nunca nos perguntamos se devíamos tentar isto ou aquilo. E 2019 foi da mesma forma. E quando olhamos para o Qatar e aqui vemos que são pistas totalmente diferentes”, adiantou, observando: “Isto significa que a moto está tão bem que estou certo de que vai funcionar bem em todas as pistas este ano. Talvez lutemos um pouco em algumas, mas estou confiante de que andará bem em todas as pistas”.

O piloto gaulês diz que uma das maiores diferenças entre a corrida deste ano no Algarve e a de 2020 foi a sua disposição mental: “Quando se ganha as duas primeiras corridas consecutivamente com uma vantagem de quatro segundos sente-se que se vai partir e continuar a fazer o mesmo. Mas os outros trabalham tanto para nos ultrapassarem, para nos tirarem esse lugar. E atualmente vou pensando prova a prova. Em Jerez (no ano passado) foi como se estivéssemos no nosso primeiro campeonato. Nunca tinha estado naquela posição e por isso foi estranho para mim. É por isso que agora nem sequer olho para o campeonato. Penso apenas na próxima corrida, e mesmo na pré-temporada trabalhei bastante com o meu psicólogo e senti que todos os exercícios que me deu foram bons para manter a calma”.

Muito embora Fabio Quartararo ‘transpire’ confiança, o andamento em Portimão deixou-o um pouco surpreendido. “Penso que fizemos um pouco mais 1m39s do que 1m40s, e o andamento foi até muito forte. Com a nossa moto depois de consumir muito combustível para o meio da corrida o andamento era espantoso. Sabia que tinha um pouco mais de ritmo que Alex (Riins), e ele ia sempre tão rápido. Cometeu um erro, mas honestamente o andamento que tínhamos era inesperado para mim, mas foi ótimo poder desfrutar bastante esta pista”, rematou.

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