Após ter garantido a sua primeira vitória do ano ao impor-se no Rali da Catalunha, e ter ajudado a Toyota a sagrar-se campeã do Mundo de construtores, Sébastien Ogier declarou que o seu êxito em terras espanholas em nada veio a alterar a sua postura, pois como relembra o francês de 38 anos, já nada tem a provar, face aos títulos acumulados até 2021. A vitória do piloto de Gap – a primeira desde o Rali de Monza do ano passado e também a primeira tendo Benjamin Veillas como navegador – foi garantida por pouco mais de 16 segundos face a Thierry Neuville. E foi obtida numa das provas selecionadas por Ogier realizar este ano. Já podia ter sido conseguida em Monte Carlo em janeiro se um furo não lhe tivesse ‘roubado’ a oportunidade, sendo que igual falta de sorte o ‘bafejou’ também em Portugal e no Quénia (Safari)
Falando sobre a prova catalã e sobre a temporada, o gaulês considera que o título deste ano está muito bem entregue a Kalle Rovanpera. “Eu nada tenho a provar. Kalle é um campeão com mérito este ano, numa luta justa, e nada tenho a acrescentar em relação a isso. Claro que sabe bem chegar aqui (à Catalinha) e mostrar que ainda sou rápido. Por isso estou orgulhoso do que fiz. Adoro este tipo de competição contra Kalle, Thierry e Ott (Tanak). Foi muito intenso no fim de semana, e tivemos de andar depressa para chegar à vitória, por isso sabe ainda melhor quando se consegue dessa forma”.
Ogier diz que o facto de não correr a tempo inteiro também faz com que tudo tenha outro ‘sabor’. “É sempre agradável (ganhar), e passou algum tempo, pois só fiz quatro ralis este ano. Faltou-me um pouco de sorte, mas finalmente tivemos um fim de semana onde tudo nos correu de feição. A sensação a bordo do Yaris foi espantosa, e percebi que conseguia o que queria do carro este fim de semana, que foi perfeito. O carro esteve ótimo e adorei as especial, para além de ser agradável garantir o título de construtores em grande estilo para a Toyota. A equipa fez um trabalho fantástico ao longo do ano e isto é mais do que merecido para eles”
A 55ª vitória no WRC deixa o francês numa classe à parte, sendo que tem ganho pelo menos uma prova no Campeonato do Mundo de Ralis ao longo de um período de 10 anos. Um feito só alcançado por outros três pilotos; pois para além de Ogier só Jari-Matti Latvala, Sébastien Loeb e Colin McRae o conseguiram. “È bom. As estatísticas são agradáveis de se analisar. Mas não é isso que me move. Mais importante para mim é ter a oportunidade de ser ainda competitivo com uma grande equipa à minha a volta em alguns ralis é mais importante. Disfruto ao máximo isso”, remata o gaulês, cujo programa para o próximo ano ainda não foi anunciado, apesar de ser expetável que tenha um papel a tempo parcial na Toyota.
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