Rui Madeira:”Poderíamos ter ganho o Rallyspirit”

CPR EDITOR

Rui Madeira e Paula Madeira terminaram no sexto posto o Rallyspirit Altice, tendo sido claramente a equipa mais rápida da categoria Spirit. No entanto, dois problemas técnicos sucessivos, ainda durante a etapa inicial, atrasaram significativamente a dupla do Mitsubishi Lancer EVO III que, a partir daí, deu um espetáculo colossal coroado com uma grande recuperação até ao Top 6. Ano após ano, a presença de Rui Madeira no melhor evento “’Legend’ realizado em território nacional, apresenta-se como quase obrigatória. O piloto não esconde que gosta “muito da prova, da sua envolvência e, sobretudo, do contacto incrível que temos com os aficionados e com pilotos de todo o mundo”.

Para além da satisfação pela participação no RallySpirit, está também a seriedade com que a mesma é encarada, como faz questão de salientar o piloto de Almada: “Preparamos muito bem esta nossa presença no Spirit. O carro foi totalmente revisto, levando uma nova gestão eletrónica e o nosso espírito estava em alta, até porque para mim estar a fazer o rali com a Paula como navegadora é sempre uma grande felicidade”. Rui Madeira entrou ao ataque logo desde o arranque da etapa inicial, no qual o piloto destaca “o bom ritmo que, deu logo para ver, nos colocava entre os candidatos aos lugares cimeiros. Fomos muito rápidos no primeiro troço, mas no segundo fomos com mais calma, até porque comecei a sentir algo estranho nos travões. O pior aconteceu na terceira especial, quando, já na parte final a descer, o carro desligou-se. Tentamos tudo para o fazer pegar, mas parecia que falta gasolina e fomos em ponto morto até ao final da especial. Ligamos com a assistência e, finalmente, ao fim de muito tempo, o carro pegou e conseguimos prosseguir, mas sabendo que iríamos ser fortemente penalizados. Ainda fizemos o quarto troço da 1ª etapa e com um bom tempo, mas o mal estava feito”.

No entanto, não é do espírito do consagrado ‘mundialista’, nem da sua mulher, deitar a toalha ao chão e a dupla voou baixinho aos comandos do Mitsubishi Lancer EVO III, sendo protagonista de uma excelente recuperação ao longo do resto do rali, conseguindo ainda chegar à sexta posição da categoria Spirit. “Foi pena o que sucedeu. Diria inglório mesmo. Andamos sempre muito bem, como atestam as seis especiais que vencemos. O carro está excelente e, sem o que aconteceu no primeiro dia, julgo que daria para vencer”. Rui Madeira foca já no objetivo seguinte. E, pela frente, tem outro dos momentos altos desta sua temporada, pois vai alinhar no Rally de Lisboa, prova que este ano ganha foros de interesse redobrado, pois vai ser palco da discussão da Taça de Portugal de Ralis. O piloto de Almada, que será navegado por Nuno Rodrigues da Silva, tripulará um Citroen C3 Rally2, assumindo que “vamos entrar noutra galáxia!”.

Quanto a objetivos para o próximo desafui, Rui Madeira realça “o alto nível competitivo que se espera, até porque vão estar presentes quase todos os principais pilotos do Campeonato de Portugal de Ralis. São mais experientes e têm mais ritmo com este tipo de carros, mas, como sempre, eu e o Nuno iremos dar tudo para alcançar um bom resultado à geral”. O Rally de Lisboa será disputado nos dias 16, 17 e 18 de junho. Depois, Rui Madeira entrará na parte internacional do seu calendário, estando confirmada a sua participação no consagrado evento germânico Eifel Rallye Festival, que decorrerá de 27 a 29 de julho.

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