Rui Madeira não podia ter estreia mais auspiciosa no todo-o-terreno. Aos comandos do Can-Am da JB Racing e acompanhado por José Sá Pires, o antigo campeão do Mundo de ralis Produção foi segundo na classe T3 da competição SSV, onde obteve o 13º posto da classificação geral na Baja TT Montes Alentejanos, que marcou o arranque do Campeonato Nacional da especialidade. Isto depois de uma complicada adaptação a uma realidade diversa dos ralis convencionais a que o piloto de Almada estava habituado. Pela frente teve cerca de 315 duros quilómetros cronometrados. Missão que encarou como sempre: com foco e ambição.
No Prólogo, Rui optou por “um começo cauteloso. Estávamos apreensivos, pois não podíamos cometer erros, já que seria esse tempo que iria definir a nossa posição à partida. Mas, cedo ganhei confiança e começamos a rodar cada vez mais forte, embora com a cautela necessária para não exagerar e não furar. No final já tinha o Bombardier Can-Am na mão”. O primeiro setor cronometrado apresentava 154 kms. Rui Madeira e José Sá Pires imprimiram “um ritmo forte e constante ao longo da longa especial. Uma vez mais, com o sentido de não cometer excessos. No final, quando percebi que estávamos na 12ª posição da geral e no segundo posto entre os T3, ultrapassei a surpresa inicial e fiquei muito contente e motivado. Provamos que tínhamos andamento. Quero destacar a grande ligação com o José Sá Pires, que esteve sempre a dar indicações preciosas ao longo da especial”.
Para domingo estava reservada a ‘segunda dose’ nos 154 kms do setor e, logo à partida, Rui Madeira sabia que “após a primeira passagem de tantos carros, quads e SSV, o traçado iria estar muito mais duro e difícil”. Depois, como “era quase impossível tentarmos ir no encalço da vitória entre os T3, optamos por um andamento controlado, para garantir o segundo lugar, acabando por ser uma especial tranquila e onde tudo correu bem”, alcançando a dupla o pódio de chegada com esse saboroso pódio entre os T3 e o 13º lugar absoluto. O piloto de Almada saiu do Alentejo “fã do TT. Adorei a experiência no com esta máquina e quero agradecer o empenho da Equipa JB Racing no sentido de conseguimos evoluir a viatura e o meu desempenho ao longo desta experiência. Certamente vou tentar repetir em mais uma prova este ano”. Agora e sem tempo para descanso, é tempo de “mudar o chip para o asfalto das Camélias e dar tudo em mais um desafio: ir a um rali que tanto me diz com um carro que nunca experimentei. Mas, tudo faremos para alcançar um bom resultado”.
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