A terceira etapa, e a mais longa deste Dakar 2023, manteve a dureza da etapa da véspera com um percurso duro e difícil onde os 669 km de percurso voltaram a exigir o máximo de concentração com Rui Gonçalves a subir até ao 13º posto na tabela classificativa. Com um trajeto rápido, mas por vezes sinuoso, a serpentear entre desfiladeiros rochosos e trilhos de areia, a etapa que ligou Alula a Ha’Il permitiu ao piltoto da Sherco s exibir os seus dotes de condução neste tipo de condições ao mesmo tempo que demonstrava as verdadeiras capacidades da sua FE 450 Rally.

Disputadas três etapas nesta edição do Dakar, Rui Gonçalves voltou a demonstrar um andamento rápido e consistente que lhe permitiu ultrapassar os 447 km do troço cronometrado numa posição de destaque à porta do Top 10. No final da etapa, já depois de todos os pilotos terem cruzado a meta, a chuva intensa que se abateu no deserto saudita obrigou a caravana de pilotos a rolar em comboio até ao ‘bivouac’ “Voltamos a enfrentar um dia longo e duro em que tudo me correu bastante bem. A etapa era bastante rápida e nalguns locais voltou a ter muita pedra onde era necessário rolar com redobrada atenção. Fiquei bastante contente com o resultado alcançado no final”, declarou Rui Gonçalves à chegada, acrescentando: “A tempestade que se abateu já depois do final da etapa levou a que tivéssemos que fazer 160 km de ligação sempre sob chuva intensa. A chuva ainda não parou e, penso que estas condições poderão ter algum impacto na etapa de amanhã dado que não é normal termos este tipo de intempérie no deserto”.