RallySpirit fez regressar magia de outros tempos

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O RallySpirit Altice percorreu novamente estradas e ruas do Porto, Gaia e Barcelos, fazendo regressar as emoções e a magia dos ralis de outros tempos, com máquinas que fizeram furor no Campeonato do Mundo, reunindo mais de 80 equipas e muitos milhares de aficionados do desporto automóvel. No plano desportivo, destaque para os triunfos de Ernesto Cunha/Valter Cardoso (Subaru Impreza STI) na Categoria ‘Spirit’ e para Pablo Pazó/Ezequiel Simões (Talbot Sunbeam Lotus) na Categoria “Históricos”.

Conduzir um automóvel de quase 500 cavalos não é para todos e fazê-lo sentado ao volante de uma das máquinas que escreveram a história do Campeonato do Mundo de Ralis, muito menos. Um privilégio só ao alcance de alguns felizardos pilotos, que fazem questão de devolver a história de carros como o Audi Sport Quattro, o MG Metro 6 R4, o Ford RS200 ou o Lancia Stratos ao seu habitat natural: os troços de ralis, em vez de os colocarem num qualquer museu, partilhando, assim, com milhares de adeptos, as emoções vividas na geração de ouro dos Grupo B, dos anos 80.

Durante dois dias, foram muitos os que não resistiram a acompanhar, na estrada, a sexta edição do evento organizado pela X Racing e Clube Automóvel de Santo Tirso, com epicentro em Barcelos e nas suas seletivas classificativas, mas que também pelas pitorescos troços de Santo Tirso e magníficos cenários da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, e do Passeio Alegre, na Foz do Douro, no Porto, dando um toque de charme ainda mais especial à etapa portuguesa do “Slowly Sideways Europe”, competição que reúne alguns dos mais emblemáticos “Rally-Legends” da atualidade.

Ao esquema competitivo “apimentado” com oito seletivas provas de classificação em asfalto, que fizeram as delícias dos pilotos, juntou-se ainda a especial de “Boucles Barcelos”, sem tempos cronometrados, mas disputada no original modo de perseguição, que permitiu uma dose de espetáculo acrescida, numa renovada aposta da organização claramente bem-sucedida.

Entre os concorrentes da Categoria “Históricos”, foi a dupla espanhola Pablo Pazó/Ezequiel Campos a impor a lei, com o Sunbeam Talbot Lotus, inscrevendo o seu nome pela segunda vez no quadro de honra da prova, após o triunfo capitalizado em 2018. O rápido piloto castelhano venceu todas as especiais da segunda etapa, o suficiente para ascender à liderança na sexta classificativa e daí desalojar a equipa Rui Ribeiro/Pedro Fernandes. Conformados com o segundo lugar, Rui Ribeiro/Pedro Fernandes, não tiveram dificuldades em superiorizar-se à dupla Joaquim Costa/José Costa que completou o pódio, num dos seis Ford Escort que concluíram a prova entre os 10 primeiros classificados.

Na outra categoria, a ‘Spirit, reservada a máquinas com preparação mais liberal, também não faltaram momentos emocionantes, até porque à cabeça da classificação estiveram modelos como o Subaru Impreza STI e Mitsubishi Lancer EVO VI, trazendo reminiscências do Campeonato do Mundo de Ralis, quando os dois modelos mediam forças. Em palco nacional, o pêndulo pendeu para o lado do Subaru, com Ernesto Cunha/Valter Cardoso a começarem a desenhar a vitória desde os primeiros quilómetros, mas apenas a confirmá-lo ao longo da derradeira etapa, quando tornaram o Impreza STI inatingível para a concorrência.

Sem argumentos competitivos para o vencedor, a dupla Armando Costa/Sérgio Rocha acabou por se entreter a lutar com outro Mitsubishi Lancer EVO VI, o de Pedro Leal/Nuno Mota Ribeiro, com ambas as duplas a darem mais um tónico de emoção à parte final da prova e a terminarem separadas por apenas 1,5s.

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