Apesar de traído pela mecânica logo nas primeiras classificativas, Ricardo Filipe faz um balanço muito positivo da sua estreia absoluto no Rali Vinho Madeira, que considera um exemplo do que devem ser os ralis do CPR. Um rali para reter na memória. Assim se tornou a edição 2023 da prova insular. Para Ricardo Filipe e Filipe Carvalho, que se estrearam na ‘Pérola do Atlântico’, aos comandos do habitual Ford Fiesta R5.
O piloto algarvio viveu com intensidade esta estreia e não regateia elogios ao evento: “Um rali muito espetacular, com classificativas fabulosas. Exige muito conhecimento e, para o ter, muito trabalho a estudar, reconhecer e a passar nos troços. Mas, não é numa edição que chegamos sequer perto de um nível de adaptação que nos permita andar perto dos limites”, afirma Ricardo Filipe, que considera ainda tratar-se de “ um evento único pelo seu ambiente. A incrível paixão dos madeirenses pelos ralis, o cuidado posto pela organização não apenas nos aspetos competitivos, mas também na criação de momentos especiais para que possamos estar com os aficionados, como foi o caso da magnífica sessão de autógrafos no Casino, bem como a espantosa cobertura televisiva da RTP Madeira, tudo faz do Rali Vinho Madeira uma prova fabulosa que eu e o Filipe adoramos fazer, independentemente da maior ou menor sorte que tivemos ou do resultado alcançado”.
Os elogios do piloto algarvio à prova madeirense valem uma promessa: “Vamos voltar em 2024 e enquanto competir, este é um rali para estar no meu calendário!”. Ricardo Filipe defende também que “A FPAK deve colocar os olhos naquilo que a organização e a RTP Madeira fizeram. A festa, a divulgação, o mediatismo e a cobertura televisiva são exemplos que devem ser replicados em todas as provas do campeonato!”. Em termos competitivos, o piloto algarvio assume que tinha consciência de que iria “enfrentar concorrência muito forte, sobretudo por parte dos pilotos locais que, para além do seu talento, conhecem as estradas como mais ninguém. Fiquei muito satisfeito com o nosso ritmo, atendendo às circunstâncias, sendo e realçar que me adaptei bem às características das especiais. Os tempos obtidos foram razoáveis, mesmo sendo o meu Ford Fiesta R5 menos competitivo em asfalto em relação aos Rally2 mais recentes e, saímos da Madeira com a noção que, em futuras edições, teremos como objetivo andar dentro do Top 10”.
Ricardo Filipe regressou a casa “com a satisfação de alguns bons registos, desde o tempo no Shakedown até aos cronos que obtivemos em algumas especiais da segunda etapa. Só que, desta feita, a mecânica do Fiesta não colaborou e tivemos muitos problemas ao longo da prova, desde a Super Especial, até termos de parar logo na terceira especial, ficando por aí a nossa participação na 1ª etapa. A Racing 4 You foi incrível a trabalhar no carro e foi possível alinhar na etapa final de sábado, onde já conseguimos andar bem, como comprovam os vários tempos que fizemos dentro do Top 10 dos concorrentes do CPR”. Agora é tempo de começar a preparar o Rali Da Água Transibérico Eurocidade Chaves-Verín, próxima prova do CPR, que decorrerá nos dias 15 e 16 de Setembro.
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