Marco Ferreira e Edgar Gonçalves não tiveram a sorte pelo seu lado na edição 2022 doo Rali das Camélias, que se transformou numa prova atribulada para a dupla do Citroën Saxo, cujo motor deu problemas que, em última instância, ditaram o abandono da equipa. Logo na preparação do rali, o piloto de Santiago do Cacém enfrentou alguns problemas “num rali extremamente difícil e desafiador. Como tal era importante reconhecer bem os troços na sexta-feira, mas foi algo que não conseguimos cumprir como gostaríamos, e só com a ajuda dos amigos Pedro Lança e Paulo Marques foi possível passar nos troços e perceber as diferenças para 2019”.
Por outro lado, o número atribuído pela organização “revelou-se penalizador. Apesar de termos conseguido um 15° lugar absoluto em 2019, e estarmos presentes nos campeonatos a Sul com classificações de alguma relevância, a organização decidiu atribuir-nos o número 67. Foi demasiado penalizador e vimos o nosso andamento condicionado logo na primeira especial, ao apanharmos praticamente a meio do troço os dois concorrentes que saiam à nossa frente. Sem conseguirmos passar os carros em segurança, pois nenhum deles facilitou a ultrapassagem, contabilizámos muitos segundos perdidos e um 22º tempo à geral”. E a saga continuou pois “na segunda especial voltamos a perder muitos segundos, mercê do tempo atribuído pela organização, pois não pudemos fazer o troço devido a um acidente com um concorrente anterior”.
Na fase seguinte da prova, o percurso levou a equipa para a zona de Mafra, tendo pela frente “troços que, além de espetaculares, são de muito conhecimento e de ritmo, onde não conseguimos ser eficazes. Com alguma falta de confiança e com o Saxo a escorregar bastante de traseira, chegámos ao final da terceira especial em 23° absoluto, mas já muito longe dos nossos concorrentes diretos. Restava tentar melhorar o acerto na assistência para tentar melhorar na fase final do rali”. Mas a falta de sorte continua a assolar Marco Ferreira e Edgar Gonçalves. Focados em andar mais forte, até começaram da melhor forma ao saltar para dentro do top 20 absoluto, após a quarta especial. No entanto e logo a seguir, na quinta especial “Voltamos a não ser bem-sucedidos. Foi o troço onde possivelmente cometemos mais erros, fruto de alguma desmotivação e de ermos apanhado, uma vez mais, o concorrente que partia à nossa frente, já na parte final, isto apesar da organização nos ter concedido mais um minuto de diferença na partida”.
Era então tempo de “montar os faróis suplementares na assistência e voltar a Sintra para a dupla passagem nos Capuchos, onde íamos tentar subir na classificação, apesar da dificuldade que seria fazer pelo menos uma passagem já de noite”. Mas, logo na primeira passagem e “sem que nada o fizesse prever, e logo após o arranque, o carro perdeu potência e quase não conseguimos fazer as primeiras curvas da subida ao Palácio da Pena. Frustrados, fomos obrigados a abandonar a prova”. No rescaldo, Marco Ferreira não escondia “alguma desilusão por não termos conseguido cumprir os nossos objetivos e não termos feito os dois últimos troços que têm um encanto especial, quando feitos de noite. Temos que continuar a trabalhar a fiabilidade do Saxo que, ultimamente, tem-nos dado muitas dores de cabeça, e não nos permite demonstrar a nossa rapidez e concluir uma prova sem percalços”.
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