Ao concluir as 6 Horas do Baharin na terceira posição da categoria LMP2, António Félix da Costa manteve vivas as esperanças de lutar pelo título da classe no Campeonato do Mundo de Endurance, que no Circuito de Sakhir conheceu a sua penúltima prova da temporada. O piloto de Cascais e os seus companheiros de equipa no Oreca 07 Gobson # 38 da JOTA , Anthony Davidson e Roberto Gonzalez foram terceiros depois de uma grande ascensão. E como se esperava a batalha pelos lugares da frente en LMP2 voltou a ser intensa, com a equipa do português a bater-se sempre nos cinco primeiros na fase inicial da corrida.
Foi uma estratégia de ataque na fase final que acabou por impulsionar Félix da Costa e os seus companheiros para o resultado final, sendo que largando da terceira posição da grelha, coube a Roberto Gonzalez a tarefa de largar no carro nº 38 da JOTA, com o Mexicano a manter-se perto dos pilotos da frente, num turno bastante sólido e sem erros. Subiu depois Félix da Costa ao volante para um duplo turno de condução, onde o Português recuperou duas posições até ao quinto lugar, passando depois o volante a Anthony Davidson. Mas o melhor estava guardado para a parte final da corrida composta por 6 horas de duração, com António Félix da Costa a regressar ao volante para um duplo stint final de cortar a respiração, com o piloto Português a imprimir um ritmo muito forte, recuperando mais de 30 segundos para o carro que seguia à sua frente, o nº 22 da United, pilotado por Filipe Albuquerque.
A menos de vinte minutos do final iniciou-se então este duelo luso de titãs com Félix da Costa a suplantar o seu amigo e rival Albuquerque, numa manobra de grande nível na travagem para a curva 1. A partir dai e até ao final, Félix da Costa continuou a ganhar tempo a Albuquerque, abrindo a vantagem para mais de sete segundos e garantindo o terceiro lugar final. “Fizemos uma corrida sem erros e fomos premiados com este pódio, totalmente merecido e que nos mantem na luta do título, a decidir no próximo fim-de-semana”, começa por dizer o piloto de Cascais em jeito de balanço. António diz também que “na corrida tanto o Roberto como o Anthony estiveram muito bem” e que a si foi-lhe “pedido que efetuasse o turno final, onde dei tudo o que tinha e quando cheguei perto do Filipe sabia que não seria fácil ultrapassá-lo, mas acabou por correr bem a manobra na curva 1 e com isso chegámos ao pódio”.
“É sempre bom lutar em pista com pilotos do nível do Filipe, ainda mais quando estamos a lutar também pelo título Mundial. Falta apenas uma corrida no próximo fim-de-semana, sabemos que a nossa tarefa não será fácil, mas estamos focados em ganhar a corrida e lutar para conquistar o título Mundial na LMP2. Esse é o objetivo que temos em mente”, conclui António Félix da Costa, que antes da derradeira prova se encontra na terceira posição do campeonato, mas com possibilidades de chegar ainda ao título Mundial. Estão em disputa 39 pontos no próximo fim-de-semana, nas 8 horas do Bahrain e 17 são os pontos que separam Félix da Costa do atual líder da classificação.
Share this Post