O primeiro dia de treinos de Miguel Oliveira no Grande Prémio de Portugal de MotoGP não foi aquilo que o piloto português desejaria. Depois de ter realizado o 17º tempo na primeira sessão foi nono na segunda, mas continua a queixar-se dos pneus fornecidos este ano pela Michelin, que na sua opinião não dão grandes hipóteses à KTM de ser competitiva. No ano passado Miguel venceu a prova com grande destaque, mas a retirada dos pneus de que dispunha em 2020 acabam por ser um grande handicap, como fez questão de salientar.
“Não termos mais o pneu Ha na frente como composto macio é uma bofetada para nós. Foi um pneu muito bom. É verdade que a KTM usou essa mistura, mas também às vezes alguns pilotos da Honda”, queixou-se o titular da RC16 # 88, sublinhando: “Na KTM agora somos os únicos a ter a mistura mais difícil em ambos os pneus. No Qatar dissemos que era muito macio. É uma desvantagem para nós. Não percebo como a Michelin chegou a essa decisão”. O fabricante francês justificou que a decisão foi tomada porque no Grande Prémio da Áustria a maioria dos pilotos se opôs à continuidade do composto H, mas o piloto de Almada diz que isso não corresponde à verdade, até porque nunca foi chamado a dar a sua opinião, frisando que por isso “não pode haver unanimidade”.
Miguel Oliveira diz que o pneu retirado “funcionava bem a 30 graus da temperatira de pista. No Qatar ainda tínhamos esse pneu mas aqui não. Isso é contraditório. Todas as equipas têm os mesmos pneus disponíveis, e certamente que essas misturas encaixam bem em algumas motos do que na nossa. Temos de solucionar este problema”.
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