Paulo Neto regressou aos ralis, para participar numa das suas provas favoritas, o Rali Vinho Madeira, sendo que a ‘Pérola do Atlântico’ o oitavo lugar alcançado para o Campeonato de Portugal de Ralis não reflete o muito trabalho que foi desenvolvido pelo piloto de Sintra, o seu navegador e pela equipa ARC Sport. Neto está numa nova fase da época, em que começa a trabalhar para o futuro, sendo que nesse processo a prova insular é um dos pontos altos do calendário desportivo do ano. A espetacularidade dos troços, a paixão do povo madeirense e a qualidade da organização fazem deste evento um dos mais apetecíveis do ano. Foi por isso que Paulo Neto não faltou à ‘chamada’ e disputou esta sexta jornada do CPR.
Aos comandos do seu Škoda Fabia Rally2 evo, e navegado por Nuno Mota Ribeiro,o piloto sintrense foi para a Madeira em busca do melhor resultado possível, mas com um objetivo bem delineado: trabalhar para estar melhor preparado para a próxima época. A vida profissional de Paulo Neto tem-se intrometido na sua carreira desportiva, mas há a esperança que a situação estabilize e que possa voltar a colocar mais foco nos ralis na próxima época. Com isso em mente, tem usado as últimas provas para fazer algumas mudanças, quer no seu estilo de pilotagem, quer nas notas, assim como na afinação do carro. O trabalho desenvolvido com a ARC Sport pretende aproximar o piloto de Sintra do top cinco, lugares onde acredita que pode estar, com alguns ajustes. A Madeira foi a prova ideal para isso, sendo um rali longo, exigente e que permitiu testar vários aspetos.
O fim de semana madeirense foi trabalhoso, mas de onde se retiraram ensinamentos importantes para o futuro: “Estamos a fazer algumas mudanças, quer nas notas que usamos, quer na afinação do carro, quer até em alguns pormenores na minha pilotagem. Sabemos que podemos ser mais competitivos, mas para isso há mudanças a serem feitas e temos aproveitado as últimas provas para testar tudo. Como não estou a fazer o campeonato todo, usamos as provas onde corremos para limar arestas e preparar o futuro”, refere Paulo Neto, sublinhando: “Tenho a esperança que a minha atividade profissional me permita ter mais tempo para os ralis em 2024 e, por isso, com a ARC e com o Nuno, estamos a tentar implementar melhorias. O balanço é positivo e depois de duas provas curtas, onde o ‘feeling’ das mudanças até nem foi o melhor, começamos a encontrar um compromisso mais indicado e chegamos ao fim da prova contentes com a evolução feita”.
Além de ter a coragem de se reinventar nesta fase da sua carreira, Paulo Neto fez questão de ir à Madeira, que considera ser a melhor prova do ano: “Adoro ir à Madeira. É, para mim, o melhor rali do ano. Pela espetacularidade dos troços, pela paixão dos adeptos, pela forma como somos recebidos, pela organização a toda a prova. É um rali que tem tudo e o que nos dá mais retorno, com as transmissões da RTP e das rádios a serem um trunfo essencial. Volto da Madeira feliz pela evolução que fizemos, apesar do oitavo lugar final, e acima de tudo, por ter participado numa prova deste calibre”.
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