O resultado possível para Henrique Chaves

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Henrique Chaves não teve um fim de semana fácil no Dubai, onde iniciou a sua época competitiva e também a temporada das Asian Le Mans Series, onde alinhou aos comandos de um dos Aston Martin da TF Sport, que dividiu com Jonny Adam e John Hartshorne. As coisas não começaram bem para a equipa ainda mesmo antes de ir para a pista, uma vez que a transportadora responsável por levar o GT britânico até ao Médio Oriente atrasou a chegada do contentor relevante, o que levou a que a formação e os seus pilotos apenas tivessem o carro no final de quinta-feira, impedindo que o português e os sues colegas de equipa pudessem participar nas sessões de testes previstas.

Ainda assim, os pilotos da TF Sport não baixaram os braços e, apesar de terem perdido precioso tempo de pista, trabalharam afincadamente para conseguir colocar o Aston Martin o mais equilibrado e competitivo para o restante fim-de-semana. John Hartshorne, como é obrigado pelo regulamento, foi o responsável por realizar a qualificação, assegurando o 20º posto da classe GT, e por iniciar a corrida, para depois passar o testemunho a Jonny Adam. Henrique Chaves foi o responsável por realizar o derradeiro turno de condução, assumindo o Aston Martin no décimo sétimo lugar. O português imprimiu um ritmo infernal, recuperando tempo aos pilotos que circulavam à sua frente, evidenciando que, sem condicionamentos típicos deste tipo de provas, poderia estar a lutar pelos lugares da frente.

No final, devido a uma situação de Full Course Yellow imediatamente depois de John Hartshorne ceder os comandos a Jonny Adam, a recuperação assinada pelo jovem de Torres Vedras cifrava-se num honroso décimo terceiro posto. “Não tivemos a sorte do nosso lado com as situações de bandeiras amarelas, mas faz parte das corridas, e podemos ainda melhorar o carro, portanto, temos algum trabalho pela frente. Com todas os constrangimentos que tivemos, este acaba por ser o resultado possivel”, afirmou Henrique Chaves, que no domingo esperava ter melhor sorte, até porque John Hartshorne estava mais à-vontade no traçado do Dubai Autodrome, o que foi visível no seu andamento, concluindo o seu turno de quase uma hora e quarenta minutos no 11º posto e, sobretudo, não muito distante dos seus adversários que rodavam à sua frente.

Jonny Adam iniciou de seguida um ‘stint’ de recuperação, subindo a décimo quarto, vendo o seu ritmo sustido por uma situação de bandeiras amarelas em todo o circuito. Seria nesta posição que entregou a Henrique Chaves o Aston Martin Vantage GT3 número noventa e cinco da TF Sport, ficando o português com a responsabilidade de carregar as esperanças da equipa. O jovem de Torres Vedras prosseguiu a recuperação do seu colega, imprimindo um andamento fortíssimo. Porém, o Safety-Car entraria em pista à frente do carro pilotado pelo português devido a um incidente protagonizado outro concorrente, o que significou a perda de quase uma volta para os adversários que circulavam imediatamente à sua frente.

Com este infortúnio, Henrique Chaves viu-se impedido de recuperar mais posições, recebendo a bandeira de xadrez no décimo quarto posto, apesar de evidenciar um ritmo fortíssimo que o poderia levar aos pontos em circunstâncias normais. Não tivemos a sorte do nosso lado, uma vez mais… Ficámos com o Safety-Car imediatamente à frente e perdi muito tempo e qualquer possibilidade de recuperar mais posições. O único aspecto positivo que podemos levar desta corrida foi a competitividade do nosso carro e a evolução que o John demonstrou ao longo do fim-de-semana. Em circunstâncias normais terminaríamos entre os dez primeiros”, sublinhou o português.

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