Thierry Neuville obteve o seu quinto triunfo da época ao impor-se no Rali do Japão, onde a Hyundai veio a conquistar a ‘dobradinha’ graças ao segundo lugar de Ott Tanak. Um resultado ajudado pelo furo tardio sofrido por Elfyn Evans, que também proporcionou o último lugar do pódio a Takamoto Katsuta, que passa a ser o melhor resultado de sempre do piloto japonês da Toyota no Campeonato do Mundo. Num evento que pela primeira vez foi realizado em pisos de asfalto após dois anos de interrupção devido ao Covid-19, o mau tempo foi uma constante e acabou por ser um fato decisivo no desenrolar desta prova que encerrou o WRC 2022.

Embora fosse pressionado durante parte da manhã de domingo por Evans, Neuville não desperdiçou a oportunidade para derrotar a Toyota no seu paós. O belga conseguiria suportar as adversas condições climatéricas para se impot por mais de 1m11s sobre o seu companheiro de equipa Tanak, que fez em terras japonesas a sua derradeira prova pela Hyundai, já que antes do evento o estónio anunciou que vai deixar a equipa de Alzenau, ainda que sem indicar o que irá fazer no futuro. Não obstante terminar a mais de dois minutos do vencedor, Katsuta não cabia em si de contente por terminar as 19 especiais que compunham o rali do seu país no terceiro posto. Sendo saudado pela sua família e equipa à chegada ao final do evento. Evans teve de se contentar com o quinto posto, apesar de ter chegado a liderar o rali na sexta-feira, que viu a etapa ser encurtada com o cancelamento das terceira e sétima especiais.

No sábado Elfyn Evans conseguiu aumentar a sua vantagem para mais de seis segundos sobre Thierry Neuville, antes do belga da Hyundai bater o galês da Toyota da parte da tarde, indo para o derradeiro dia quatro segundos à frente do britânico. A liderança de Neuville chegou a ser reduzida em seis décimas, antes de Evans sofrer o furo que o impediu de lutar até final pela vitória, fazendo com que terinasse a mais de 3m14s do venvedor. Apesar de terminar na segunda posição Ott Tanak nunca se mostrou à altura de Neuville no asfalto, e mesmo de Evans enquanto esteve este em posição de discutir o triunfo. Sendo que a perda do motor híbrido do seu Hyundai i20 N Rally 1 na manhã de sexta-feira também não ajudou à sua causa, Sendo que o pódio de Katsuta contrastou com a exibição do oito vezes campeão do Mundo Sébastien Ogier. O francês da Toyota emergiu como líder na primeira especial do rali na quinta-feira, mas no segundo troço do evento um furo custou-lhe três minutos e afastou definitivamente da luta pelas posições cimeiras. O piloto de Gap conseguiria recuperar parte do terreno para também capitalizar o azar tardio de Evans e terminar no quarto lugar, ainda que a mais de 2m23s de Neuville. Ainda assim Loeb somou no processo cinco vitórias em classificativas.

A M-Sport Ford pode ser o próximo destino de Ott Tanak, mas no Japão a exibição dos Puma Rally1 esteve muito aquém dos seus rivais. E o melhor que conseguiu foi ter Gus Greensmith à chegada na sexta posição. Muito por cuilpa da saída de estrada de Craig Breen na quarta especial, que obrigou ao cancelamento da segunda passagem por aquele troço, cujos níveis de segurança estão a ser investigados pela FIA. De qualquer maneira Breen voltou à prova no último dia para tentar ganhar a Powerstage e dessa forma arrecadar os pontos bónus respetivos. O que o irlandês viria a conseguir. E a prova de Craig foi quase tão difícil quanto a do novo campeão do Mundo, Kalle Rovenpera, que passou brevemente pelo comando após a segunda especial, mas que acabou por comprometer a sua exibição ao bater nua pedra e furar na etapa de sábado. Um novo toque com outra roda do seu Toyota Yaris GR acabou por ‘afundá-lo’ na classificação, vindo a concluir a prova num modesto 12º lugar.