Nelson Silva estreou inédito Toyota Yaris Proto

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Nelson Silva esteve sob os holofotes no Rali Terras D’Aboboreira, já que foi na terceira prova do Campeonato de Portugal da especialidade que estreou o Toyota Yaris Proto, tendo a seu lado Paulo Silva como navegador. No evento do Clube Automóvel de Amarante o piloto de Viana do Castelo aproveitou para explorar o potencial da sua nova ‘montada’. Por isso a expetativa era enorme, com um bólide ‘nascido’ na Polónia. No diz de Nelson Silva um “senhor carro”, animado por um motor idêntico aos que habitualmente equipam o Mitsubishi EVO X, ao qual foi acoplada uma caixa de velocidades sequencial Smasonas, estando a disptribuição da potência a cargo de diferenciais Ralliart.

Todo o conjunto transformou este Yaris muito especial de Nelson Silva num ‘monstro’ com 320 cv de potência, sendo que o ‘shakedown’ do Terras D’Aboboreira se transformou no primeiro teste do piloto vianense com a máquina. Dado que foi “impossível fazer qualquer teste preliminar. As circunstâncias atuais a nível internacional, torna muito demorado qualquer envio de peças e apesar dos nossos esforços, só conseguimos concluir o carro já em cima do rali, mas como já encarávamos esta prova como um teste, em nada isso afetou o nosso programa”. Depois, a equipa ainda teve de se adaptar “à imposição regulamentar de utilizar um restritor 34. Aliás, tal acabou por estar na base de uma performance menor, pois o motor ficou a debitar apenas 247 cavalos. Fomos mesmo forçados a mudar a programação da eletrónica após o Shakedown para que funcionasse melhor, mesmo não conseguindo alterar a potência”.

Ao longo do rali, Nelson Silva parttiu “à descoberta do carro. Estava ansioso, mas também muito motivado para aproveitar a prova para ganhar experiência. A limitação de potência foi notória e logo percebemos que seria difícil acompanhar o andamento dos N5. Também sofremos com problemas nos travões traseiros, mas conseguimos desfrutar da condução de um carro que tem tudo para ser fabuloso”. E mesmo com os contratempos, o piloto de Viana do Castelo estava já na quinta posição, resultado muito satisfatório, quando, na penúltima especial do rali, a malapata bateu à porta: “rodávamos rápido, mas de fora controlada quando uma pedra furou o radiador do óleo e fomos forçados a parar”. Adesistência em nada beliscou “a nossa satisfação com o que o carro demonstrou. Mesmo com as limitações e com a ausência de testes, deu para perceber toda a sua capacidade e estamos certos de que vamos ser competitivos, sobretudo depois de mudarmos a programação da eletrónica para tirar o máximo partido do motor com este restritor 34”.

A próxima prova será já o Rali de Mortágua, a 29 e 30 de Maio. A dupla não estará em Serpa, terminando assim na prova a centro esta miniépoca de terra. Depois, Nelson Silva quer ter “tempo para evoluir o carro antes da época de asfalto”.

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