“Não estou aqui para dar ordens” garante Latvala

WRC EDITOR

Recém-promovido ao cargo de diretor da equipa Toyota, Jari-Matti Latvala falou pela primeira vez das suas novas funções à frente da formação que volta a estar sediada em Colónia.O antigo piloto da Ford, Volkswagen e Toyota esclareceu através de um vídeo na rede social YouTube aquilo que se pretende ao nomeá-lo para substituto de Tommi Makinen. Latvala garantiu que não está na equipa “para dar ordens” aos pilotos, lembrando também que o seu passado como piloto é uma coisa e presente como responsável máximo da equipa é outra, e que não se devem confundir as duas coisas.

“O meu percurso no WRC passou de piloto a diretor de equipa. A este nível não podemos andar para trás e ser novamente um piloto do Campeonato do Mundo. É uma mudança radical tornar-me responsável máximo. Quando era piloto só pensava em mm. A equipa tinha construído o carro e devia estar concentrado na concretização do melhor resultado possível”, começa por dizer o piloto que deu ao Yaris WRC a sua primeira vitória no ‘Mundail de Ralis (Suécia em 2017). Latvala sublinha também: “Tenho de refletir mais, tendo uma perspetiva mais abrangente. Tenho que ter em atenção a que toda a gente se compreenda e ir na mesma direção. Queremos evoluir sem cessar o carro e ser uma equipa cada vez mais eficaz. A base jé é fantástica”.

Acima de tudo Jari-Matti sabe que vai comandar homens e por isso tem de recorrer à faceta humana que demonstrou ao longo da carreira. Por isso o tricampeão do Mundo promete: “Cada indivíduo é importante na equipa. Se uma pessoa se sente bem ela estará mais motivada e vai dar cem por cento no trabalho. É o que procuro. Quero falar com cada elemento para o questionar como se sente. Se os pilotos vierem falar comigo irei dar-lhe a minha análise. Mas não estou aqui para lhes dar ordens. Estou radiante por partilhar a minha experiência se os pilotos o solicitarem. É o diretor desportivo, Kaj Lindstron, que irá interagir mais com os pilotos. Espero que a esse respeito, quando falava-mos na condição de pilotos com Seb (Ogier) e Elfyn, a troca de impressões continue. No rali é uma luta contra o cronómetro, e não homem contra homem. Isso permite preservar o respeito a esse nível”.

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