Miguel Oliveira conheeu mais um fim de semana difícil na estreia da Índia no MotoGP. Nesta 13ª ronda do Campeonato do Mundo de MotoGP o piloto português somou mas alguns pontos mas a 12ª posição conseguida tanto no ‘sprint’ de sábado como na corrida principal no domingo espelharam as dificuldades da CryptoData RNF em adaptar as Aprilia GP RS às características do Circuito de Buddh, considerado muito sinuosos por Miguel, que apesar dos problemas enconrados conseguiu dar um bom passo em frente entre as sessões de treinos livres de sexta-feira. Isso não lhe permitiu no entanto que fosse obrigado a disputar a Q1.
“Foi um dia bastante difícil, tivemos mais de uma hora de sessão pela manhã e outra à tarde. Não é fácil de gerir, com certeza não fizemos o esforço máximo fisicamente. A sessão da manhã foi um pouco complicada para entender onde colocar as rodas. Tentámos dar um pouco mais nos ‘time attacks’ na sessão de treinos, mas foi bastante desafiante com o calor. A pista é muito técnica, tem muitos pontos de travagem onde não dá para soltar muito. Obviamente é uma pista divertida de pilotar, diverti-me especialmente na sessão da tarde e estou ansioso por sábado para dar mais um passo em frente”, explicou Miguel Oliveira.
A chuva de sábado fez com que todo o paddock ficasse parado por algum tempo para garantir condições seguras de pista para os pilotos. Para a ‘Sprint Race’, Miguel Oliveira largou de 18º na grelha de partida, tendo conseguido um excecional arranque, que o colocou em P11 após a primeira volta. Por ter ultrapassado quando tinha acabado de ser lançada a bandeira amarela, o piloto da Charneca de Caparica viu-se obrigado a ceder uma posição, o que o fez integrar um grupo grande de pilotos e perder mais algumas posições até P14. Com algumas voltas finais consistentes, finalmente viu a bandeira de xadrez em P12, após as 11 voltas aos quase 5 quilómetros do circuito indiano.
“A situação está difícil, com certeza não estamos a conseguir ter o desempenho que esperávamos. Há muitas curvas lentas que precisamos de reiniciar e isso não está a ajudar-nos muito. Por alguma razão, não estamos a conseguir ser tão competitivos. Também não ajudou o facto de eu não me ter qualificado bem para a grelha de partida. Na corrida Sprint, consegui estar um pouco melhor. Mas muitas coisas aconteceram, tive que ceder uma posição porque me disseram que ultrapassei sob bandeira amarela e também me apercebi que estava a perder óleo da moto, então não foi fácil hoje. Para amanhã [domingo] desejo ser competitivo e terminar nos pontos com bom potencial”, afirma entusiasmado o piloto português de 28 anos.
No domingo tanto Miguel Oliveira como Raúl Fernandez conseguiram superar o objetivo de equipa, que se prendeu com finalizar o fim de semana com ambos os pilotos dentro dos pontos, com um P12 e P10, respetivamente. Miguel lutou um pouco mais que o seu colega espanhol ao longo do fim de semana. Largou de 17º no grid e foi empurrado para fora na primeira curva logo após o arranque. Mesmo assim, conseguiu manter o 17º lugar no final da primeira volta. Ao longo das voltas seguintes, Oliveira fez alguns progressos e chegou a P14 na oitava volta, mas voltou para P16 novamente com um erro duas voltas depois. A partir daí, Miguel Oliveira enrolou punho, recuperou terreno e acabou na 12ª posição, levando para casa quatro pontos no Campeonato Mundial.
“Provavelmente é o primeiro fim de semana em que não fui competitivo. De qualquer forma, toda a Aprilia teve algumas dificuldades neste fim de semana, mas eu gostaria de ter estado um pouco melhor. Pudemos ver claramente onde estão os nossos pontos fracos e onde precisaríamos de trabalhar e pressionar mais para encontrar soluções, especialmente a aceleração para sair das curvas lentas, que parece ser um dos pontos em que precisamos de nos concentrar. Estou ansioso para mudar um pouco as coisas no Japão e conseguir um bom desempenho lá”, conclui Oliveira, que espera agora ter mais sorte em Motegi, no Japão, naquela que será a 14ª ronda do campeonato.
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