Miguel Oliveira com o pódio tão perto em Silverstone

MOTO GP EDITOR

Miguel Oliveira concluiu o Grande Prémio da Grã-Bretanha com um misto de satisfação e de alguma frustração. Satisfação pela notável ascensão de 16º a terceiro, e frustração pelo facto de na parte final da prova deixar escapar o pódio ao ser ultrapassado por Brad Binder. Ainda assim fica a noção de que o piloto português voltou à sua boa forma em corrida, sendo que a qualificação continua a ser o seu grande problema. Daí que Miguel admita que esse foi um facto que o prejudicou para que o resultado fosse ainda melhor este fim de semana.

O tempo que Miguel Oliveira perdeu quando tentou ganhar posição a Johann Zarco também é apontado pelo piloto como motivo para o seu desempenho este domingo em Silverstone não ter sido aquilo que podia ser. “Estou satisfeito. Foi uma corrida interessante. Sinceramente não esperava este tipo de desempenho, mas foi bom. Fui passando pilotos; demorei um bocadinho mais a passar o Zarco, isso custou-me um bocadinho estar em contacto com o Binder e com o (Maverick) Viñales”. O piloto de Almada diz também que os pingos de chuva que cairam levaram-no a arriscar mais, muto embora admita não ter argumentos para discutir a vitória ou mesmo defender-se de Binder.

“A sorte que tive foi que começou a chover um pouco e eu disse: Ok, agora é o meu momento de arriscar. E consegui recuperar o tempo que tinha ainda em falta. E a chegar ao grupo tentei fazer o meu melhor; não tinha muito mais velocidade para talvez poder passar o Aleix ou o Pecco; consegui passar o Viñales e o Binder”, contou, referindo também “Na reta faltou-me um pouquinho para poder segurar o Binder atrás na entrada da última volta, e depois muito próximo até à linha da meta. Foi a minha corrida, mas foi um bom fim de semana considerando de 16.º para quarto, com boas ultrapassagens, um bom ritmo. Estou contente”.

Miguel Oliveira concede ainda assim que o desempenho na qualificação é muito importante no impacto que pode ter no resultado. E aí as lacunas da Aprilia GP-RS # 88 também têm a sua influência. “Tinha alguns pontos específicos onde a moto era um pouco instável e não conseguia, nesses pontos de alta velocidade, manter-me em contacto para poder depois ultrapassar. Mas diria que talvez o que tivesse faltado foi uma boa qualificação, estar mais à frente mais cedo para poder ter mais tranquilidade, mais tempo para gerir”, frisou o piloto de Almada, que confessou ainda não estar cem por cento em termos físicos, ainda que sob esse ponto de vista as coisas estejam melhores: “Os bons resultados também são feitos de pequenos detalhes e este fim de semana não tive os detalhes todos alinhados no bom momento. Mas, sim, estou bem fisicamente, que isso é que é importante. Tive um bocadinho de problemas com o antebraço direito a sete ou seis voltas do final, bastante massacrado. Mas consegui aguentar bem, consegui conduzir a moto até ao final e competitivo. Isso é o mais importante’”.

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