Miguel Cristóvão Bicampeão da Ultimate Cup

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Miguel Cristóvão sagrou-se bicampeão das Ultimate Cup Series, que se concluíram no passado fim de semana no Autódromo do Estoril. Aos comandos do Ligier JS P320 do Team Virage # 88 o piloto radicado em Cascais superou contrariedades para ‘levar pra casa’ o cetro pelo terceiro ano consecutivo. Para esta derradeira prova Cristóvão e os seus companheiros de equipa arrancaram da ‘pole-position’, e para assegurarem o ceptro deste ano, tinha apenas de terminar em quarto, mas o piloto português estava determinado em assinar mais uma excelente prestação no seu circuito.

Miguel Cristóvão realizou um arranque fulminante, mantendo comando e passando a imprimir um ritmo impressionante que ninguém conseguia acompanhar, chegando a ter mais de quarenta segundos de vantagem para o seu perseguidor mais próximo, o seu rival na luta pelo título, o que diz bem do andamento que o português evidenciava. No entanto, tudo começou a correr mal quando um piloto se despistou na Curva 1, depois de bater no rail interior da recta da meta. O Safety-Car entrou em pista e a confusão instalou-se. A dada altura, todo o pelotão, que estava disperso no circuito, foi ordenado a passar pela via das boxes. Mas com a informação a ficar disponível bastante tarde e com Miguel Cristóvão afastado da cauda do pelotão devido a uma paragem nas boxes, o português não teve como seguir para a ‘pit-lane’, passando pela reta da meta. Apesar da situação anormal, mais tarde, o Ligier JS P320 # 88 seria penalizado com um stop & go de 10 minutos, o que acabou com qualquer possibilidade do português e os seus colegas de equipa poderem vencer as 3 Horas de Estoril. Restava conquistar o título e, para isso, Miguel Cristóvão, Julien Wagg e Mathis Poulet tinha de terminar na quarta posição da sua classe. O trio da Team Virage não virou a cara à luta e manteve-se em pista apesar das sete voltas de atraso, recuperando duas para terminar em terceiro lugar e, assim, conquistar o ceptro deste ano da Ultimate Cup Series.

“Tínhamos um andamento muito forte e penso que, em circunstâncias normais, venceríamos. No entanto, fomos alvo de uma penalização inaudita e anormal… Dez minutos parados nas boxes é uma enormidade”, começa por explicar o piloto de Cascais, sublinhando: “Não tive como entrar nas boxes, dado que não seguia no pelotão e quando a informação me foi disponibilizada, já não podia seguir para o ‘pit-lane’. Penso que foi injusta e despropositada, mas lidámos bem com a situação e, muito embora, não tenhamos vencido, conquistámos o nosso maior objetivo; o título”.

Depois de uma longa temporada em que a equipa do carro oitenta e oito dominou completamente, o piloto português, apesar da desilusão de não ter vencido a corrida, estava feliz por ter alcançado o seu terceiro título em três anos. “Fomos a equipa mais forte ao longo da época e este ceptro é a justificação do excelente trabalho que todos fizemos. Penso que foi com naturalidade que voltámos ao título e hoje deveríamos ter vencido novamente a corrida. É fantástico poder estar a celebrar o meu terceiro título em três anos (n.d.r.: em 2019 foi Campeão das GT4 South European Series) e agora vamos trabalhar para termos um bom projecto em 2022. Mas para já é tempo de celebrar”, conclui Miguel Cristóvão.

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