Aí está o Maserati mais ‘limpo’ da marca italiana; o Levante Hybrid. Não é um é híbrido ‘plug-in’ mas um ‘mild-hybrid’, sendo o segundo modelo da marca a eletrificar-se, sendo que é um dos poucos SUV do mercado que não tem (ainda) uma proposta 100% elétrica. Sendo que se trata de um esforço da antiga FCA para que a marca do tridente não tenha o mesmo fim de Lancia. Para isso recorreu-se um plano de recuperação (MMXX) que irá prolongar-se até 2015, que contemplará vários modelos, como um outro SUV de dimensões médias – o Grecale – feito a partir da plataforma do Alfa Romeo Stelvio. Mas enquanto não acontece um Levante elétrico há este híbrido.
Este SUV utiliza um sistema de propulsão eletrificada semelhante ao que foi aplicado ao Ghibli Hybrid, que combina um motor 2.0 litros a gasolina – de origem Alfa Romeo, idêntico ao utilizado pelo Giulia e Stelvio – com um motor elétrico, que faz de gerador e motor de arranque e compressor elétrico. Ao qual a Maserati chama Ebooster. É diferente em vários aspetos. A combinação fornece um impulso extra quando o motor atinge o pico de rotação no modo Sport, ponto no qual os benefícios de desempenho podem ser totalmente aproveitados, enquanto no modo Normal equilibra o uso de combustível e o desempenho. O som do motor é obtido sem recurso a amplificadores, mas apenas através do ajuste das dinâmicas do fluído dos escapes e da adoção de ressoadores, afinados para proporcionarem a sonoridade tão típica dos Maserati.
O Levante Hybrid é mais leve do que a variante diesel (cerca de 24 kg relativamente ao V6, com a colocação da bateria na traseira do SUV da Maserati consegue-se uma distribuição 50/50, sendo que ao não ser híbrido ‘plug-in’ não pode rodar sem recurso ao motor a combustão, mesmo que a baixa velocidade. O mesmo é dizer que há um sistema de hibridização leve que por vezes apoia o motor a gasolina. O sistema requer uma rede adicional de 48 V (com uma bateria específica na traseira do carro) que alimenta um compressor elétrico que funciona para gerar sobrepressão até que o turbocompressor esteja suficientemente carregado e assim se consegue minimizar o efeito de atraso da entrada em ação do turbo (o chamado ‘turbo-lag’).
Esteticamente esta nova proposta exibe uma oval frontal, dois tridentes – um no pilar central e outro na grelha – e o emblema GT por cima das três entradas de ar laterais. O nível GT (de acabamento) tem as características da versão GranLusso – cromados no pára-choques dianteiro e na grelha frontal – existindo ainda um Pack Sport opcional. Atrás destacam-se os farolins traseiros em forma boomerang, introduzidos no recente ‘facelift’ inspirados no Maserati 3200 GT criado por Giugiaro e no ‘concept Alfieri. Sendo que uma série de inserções cromadas na dianteira, proteções da carroçaria, defletor traseiro na cor da carroçaria, as pinças de travão em azul cobalto e as jantes Zefiro de 19 polegadas acentuam o cariz distinto deste SUV.
O habitáculo do Levante Hybrid confere a distinção exterior em nível GT. Pele Grain A e acabamentos em plano lacado tipificam os revestimentos, com os bancos dianteiros têm apoio lateral reforçado. O volante desportivo com seletor de velocidades de patilhas em alumínio, os pedais em inox, os pilares revestidos a veludo preto, tornam tudo mais exclusivo e desportivo. A consola central possui uma alavanca de velocidades renovada, com botões de modo de condução e rotativo duplo em alumínio forjado para controlo do volume áudio e outras funções. O sistema multi média é agora baseado no Android Auto, com informações num ecrã tátil de alta resolução de 8,4 polegadas, quase sem moldura. No painel de instrumentos inclui-se o contra rotação e o velocímetro de grandes dimensões, ainda analógicos, de cada lado de um ecrã TFT de sete polegadas.
O SUV híbrido da Maserati, consegue, com a motorização que possui acelera de 0 a 100 km/h, gastando praticamente menos um segundo que na motorização Diesel V6, para além de menos 18% de emissões do que na versão a gasolina.
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