Marc Marquez “Esta vitória compensa o sofrimento”

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O regresso às viórias de Marc Marquez no Grande Prémio da Alemanha compensou o ex-campeão do Mundo pelos difíceis momentos que viveu depois do acidente sofrido em Jerez de La Frontera, durante o ano de recuperação que teve em 2020. Contra todos os prognósticos o espanhol da Honda conseguiu conservar a sua liderança assim que a arrebatou no começo da corrida em Sachsenring, alcançando a sua primeira vitória no MotoGP desde Valência em 2019. Desde que voltou às pistas, este ano no GP de Portugal, o Marquez debateu-se para tripular a Honda RC213V como estava habituado, pois tinha alguma falta de força no seu ombro direito.

Mas na prova germânica os problemas físicos do piloto de Cervera não foram tão evidentes, devido ao facto de Sachsenring ser um circuito feito em sentido contrário aos ponteiros do relógio, e assim pôde alcançar a sua 11ª vitória em solo alemão – contando os seus êxitos em todas as categorias do ‘Mundial’ de velocidade. Sendo que esta vitória não lhe dá a ideia que a partir de agora todas as dificuldades se dissiparam e que vai voltar a dominar o MotoGP como antes. Acima de tudo Marc Márquez vê este êxito como “uma motivação extra” para ele e para a Honda. “Esta vitória compensa o sofrimento”, sublinha, destacando: “Não está tudo acabado, mas depois de ter passado um tempo tão mau durante tanto tempo vemos que as coisas estão a voltar ao normal e que não há impossíveis”.

“Devo admitir que tanto eu como a Honda merecemos isto, e que enchemos o tanque. Vai dar-nos um forte moral para as próximas corridas. Na Holanda voltaremos à realidade, mas espero que depois disso possamos ter boas corridas”, considera o espanhol, que depois da queda sofrida em França começou a recear novo desaire. No domingo Marc também não estava seguro que a situação não se repetisse: “Havia pressão este fim de semana, mas também me pressiono. Quando não temos pressão às vezes é mais fácil falhar. Hoje tinha medo de perder uma oportunidade de ouro, que não sabia quando voltaria a ter. Falhei em Le Mans e não queria perder outra vez. Não tinha a ver com ganhar, apenas com ter uma corrida decente e estar no pódio. Essa era a pressão que coloquei em mim próprio”.

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