António Félix da Costa é o espelho de desilusão após a 89ª edição das 24 Horas de Le Mans, e tem boas razões para isso. Liderou destacadamente a categoria LMP2, depois de se ter destacado na Hyperpole, chegou mesmo a fazer um brilharete ao rodar na segunda posição absoluta. Só que infelizmente a sorte não quis nada com o Oreca 07 Gibson # 38 da JOTA Sport, que no final da tarde de sábado se envolveu num incidente, quando Anthony Davidson estava ao volante, e a queda na classificação foi inevitável. A partir daí Félix da Costa, Davidson e Roberto Gonzalez tudo fizeram para limitar os danos, acabando no oitavo posto da categoria. Um ‘magro’ consolo para o andamento exibido.

“Claro que estamos tristes porque sentimos desde o inicio que tínhamos carro e andamento para lutar pela vitória, mas Le Mans é isto mesmo, alegrias, desilusões, suor, lágrimas, uma corrida única que todos querem ganhar e que tem um sabor especial. Do nosso lado fica a certeza que demos tudo, nunca deixámos de lutar, mesmo com o problema que nos fez perder sete voltas”, começa por dizer o piloto de Cascais. Félix da Costa destaca também o facto de, apesar do revés, nunca ter ‘virado a cara à luta’: “Fui chamado pela equipa para guiar quase onze horas e apesar do cansaço, dei sempre tudo e sinto-me contente com a minha performance, penso que não ficou indiferente a ninguém”.

“Esta é uma corrida que quero muito ganhar e sem dúvida voltarei em 2022 para lutar por este sonho. Agradeço à equipa JOTA o excelente trabalho que fizeram, mecânicos, engenheiros e todo o staff, aos meus colegas de equipa que mantiveram um espirito de luta incrível ao longo de toda a corrida, e por fim, aos Portugueses, que me apoiaram sempre muito ao longo de todo o fim-de-semana”, acrescenta António Félix da Costa, cujo resultado permitiu ainda averbar o quarto lugar em termos de campeonato do Mundo de Endurance. Pelo que o título de LMP2 continua a ser um objetivo, quando faltam disputar duas provas, ambas no Bahrain.