Kris Meeke vence Rali Terras d’Aboboreira

WRC EDITOR

Kris Meeke foi o grande vencedor do Rali Terras d’Aboboreira, terceira prova do Campepnato de Portugal da especialidade. Um triunfo que se começou a desenhar desde o começo, sendo que no Hyundai i20 N Rally2 do Team Hyundai Portugal o britânico foi bem secundado pelo experiente navegador norueguês Ola Floene, que por via do evento do Clube Automóvel de Amarante ser também pontuável para o renovado FIA-ERT (European Rally Trophy) contou com outros notáveis concorrentes estrangeiros, como Marco Bulacia, segundo classificado, aos comandos de um Skoda Fabia R5, e Alejandro Cachon, terceiro em Citroën C3 Rally2. Armindo Araújo foi o melhor português no seu regresso após o acidente sofrido em Fafe.

“Foi um bom rali e saio daqui satisfeito e com boas sensações. Todos sabem o motivo da minha presença neste evento. Sinto-me satisfeito, pois procurei andar sempre depressa e a vitória na Power Stage foi uma boa forma de terminar a prova”, declarou o vencedor, depois de dedicar o seu êxito ao malogrado Craig Breen. Se Meeke andou sempre uns furos acima tanto de Bulacia como de Cachon, apesar das dificuldades de ter sido o primeiro na estrada nas seis classificativas deste último dia, o espanhol ainda chegou, por breves momentos, ao segundo lugar, mas o boliviano acabaria por recuperá-lo. Já Armindo Araújo suplantou a sua concorrência mais direta, tanto de Ricardo Teodósio, no outro i20 N Rally2 do Team Hyundai Portugal – que passa a ser agora o novo líder do CPR, como de Miguel Correia, no Skoda Fabia Rally2 Evo da ARC Sport,

Animado, também, foi o despique entre Ricardo Teodósio, Miguel Correia e Armindo Araújo, um trio que chegou a estar separado por 8 segundos na luta pelo quarto lugar. Mas se Teodósio aludia a alguns pequenos problemas e Correia lamentava falhas na válvula do turbo na segunda passagem por Aboboreira, Armindo era um piloto cada vez mais confiante. “Está a ser um bom regresso, porque vou ganhando confiança e ritmo, conseguindo já colocar os adversários sob pressão”, referia o campeão em título que nas últimas três classificativas deixou, definitivamente, aqueles adversários para trás.

José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2), sem lograr intrometer-se no tira-teimas com o trio já referido, fez uma prova tranquila, tal como Pedro Almeida (Skoda Fabia Rally2 Evo), queterá ficado algo desiludido com o seu desempenho e, pior, sem encontrar uma explicação para tal. Sem rodar ao ritmo de Ricardo Teodósio, Armindo Araújo ou Miguel Correia, Bernardo Sousa (Citroen C3 Rally2) era sétimo classificado quando dois furos arruinaram por completo o seu esforço para se aproximar daquele “comboio”. Quem também não levou boas recordações desta edição do Terras D’Aboboreira foram os dois pilotos do Team Hyundai N | M. & Costas, Pedro Meireles (Hyundai i20 N Rally2), que não teve hipótese de testar antes do rali e depois ainda sofreu uma penalização por falsa partida na Super-Especial de Baião, tentava recuperar ritmo e não só quando o alternador cedeu a dois troços do final. E nessa mesma altura Paulo Meireles (Hyundai i20 N Rally2), com problemas numa roda, também ficou pelo caminho, não evitando uma saída de estrada. Problemas de motor teve ainda Lucas Simões (Ford Fiesta Rally2) que o impediram de rodar a um ritmo mais elevado.

Nas duas rodas motrizes (2RM), a saída de estrada de Ricardo Sousa (Peugeot 208 Rally4), quando restavam quatro troços para o termo da prova, abriu caminho à vitória de Daniel Nunes (Renault Clio Rally4), com o jovem Gonçalo Henriques (Renault Clio Rally5) a conquistar uma excelente segunda posição, na frente de Ernesto Cunha (Peugeot 208 Rally4), o campeão em título da categoria que se atrasou bastante no primeiro dia de prova, devido a um “toque”, mas depois logrou efetuar uma notável recuperação. O já referido Gonçalo Henriques esteve imparável no Campeonato Júnior, até porque Hugo Lopes (Peugeot 208 Rally4), um dos mais sérios candidatos, sofrera dois contratempos na sexta-feira que o levaram a ser bastante penalizado: falta de potência, um apoio do motor partido e uma penalização à partida da Super-Especial de Baião por não ter pilha no sistema de extinção de incêndio. Mesmo assim, ainda conseguiu trepar até à segunda posição, na frente de Kevin Saraiva (Peugeot 208 Rally4), outro dos que na noite de sexta-feira também penalizou por falta de pilha no sistema de extintores.

CLASSIFICAÇÃO

1º Kris Meeke/Ola Floen (Hyundai i20 N Rally2), 1h07m33,6s

2º Marco Bulacia/Diego Vallejo (Skoda Fabia Rally2 Evo) + 15.5s

3º Alejandro Cachon/Alejandro Lopez (Citroen C3 Rally2) + 20.5

4º Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Rally2 Evo) + 51.3

5º Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), +1.08.0

6º, Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia Rally2 Evo), a 1.25.9

7º José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3 Rally2) + 1.48.2

8º, Norbert Herczig/Ramon Ferencz (Skoda Fabia Rally2 Evo) + 2.40.9

9º Pedro Almeida/Mário Castro (Skoda Fabia Rally2 Evo), + 3.35.8

10ºº Rakan Al Rashed/Dale Moscat (Skoda Fabia RS Rally2), a 3.26.7

2RM

1º Daniel Nunes/Liliana Costa (Renaul Clio Rally4)1h16m25.1s

2º Gonçalo Henriques/Gonçalo Cunha (Renault Clio Rally5) + 20.1s

3º Ernesto Cunha/Rui Raimundo (Peugeot Rally4) + 37.3

4º Hugo Lopes/Tiago Neves (Peugeot 208 Rally4) + 1.23.9

5º Hugo Mesquita/Valter Cardoso (Renault Clio Rally4) + 1.35.2

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