Não foi fácil para José Barros a jornada da Porsche GT3 Cup no Circuito do Estoril, onde teve lugar a derradeira etapa da competição. Mas a sua resiliência permitiu-lhe conquistar dois pódios para terminar a sua estreia no automobilismo em alta. O jovem do Porto chegava à mais antiga pista permanente portuguesa depois de um bom fim-de-semana em Jerez de la Frontera, onde alcançara o pódio pela primeira vez logo no seu segundo evento de automobilismo, o que lhe dava a perspetiva de poder voltar a lutar pelos lugares cimeiros da sua classe – a Am.
No entanto, as qualificações não correram bem a José Barros, uma vez que diversos problemas técnicos e alguns azares o impediam de rodar nos tempos ao seu alcance, o que atirou para décima nona grelha de partida da primeira corrida, nono entre os Am, e para décimo sexto da segunda, quinto da sua classe. Apesar de todas as contrariedades, o jovem de dezasseis anos não baixou os braços e mostrou um forte caracter lançando-se para duas recuperações notáveis. Na primeira corrida piloto do Porto elevou-se até ao nono posto, o que significou o terceiro lugar entre os Am. Na segunda prova do fim-de-semana, José Barros teve uma prestação ainda mais brilhante, com uma recuperação inebriante que o levou até à sétima posição e segundo dos Am. Apesar de todas as questões técnicas com as quais teve de se debater, o jovem do Porto conseguia dois pódios, sublinhando o seu verdadeiro potencial que se tem vindo a demonstrar de forma inequívoca.
“Foi absolutamente inspirador o que aconteceu ao longo destes fim-de-semana. No meio de tanta adversidade, azares e problemas técnicos no Porsche, no momento da verdade consegui mostrar as minhas potencialidades. Em ambos os treinos cronometrados tivemos muitos problemas técnicos que nos impediram basicamente de marcarmos tempos”, começa por dizer o piloto portuense. José Barros vinca: “Acabámos por ficar em décimo nono nos primeiros cronometrados, depois do rebentamento de um pneu de chuva, e ficámos em décimo sexto na segunda sessão também com vários problemas à mistura. Na Corrida 1 arrancámos do fundo da grelha de partida, mas recuperámos até nono da geral, terceiro na classe Am. Na segunda, penso que tenha realizado uma das minhas melhores performance em anos. Arrancámos de décimo sexto e recuperámos até ao sétimo, segundo na minha classe, o que foi bastante bom face a tantos percalços que infelizmente, uma vez mais, tive de enfrentar”.
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