À sua segunda prova de MotoGP Jorge Martin alcançou o seu primeiro pódio. Ao que o espanhol da Pramac junta a surpreendente ‘pole-position’ e facto de ter liderado 17 voltas das 41 que compunham o Grande Prémio de Doha. A terceira posição conquistada no domingo essa o campeão de Moto2 dedica-a por inteiro a Fausto Gresini, o antigo bicampeão de 125 cc falecido a 23 de fevereiro após quase dois meses de luta contra a Covid-19. Martin guarda as melhores recordações de Gresini, cuja equipa o espanhol competiu durante duas temporadas, conquistou oito vitórias e foi campeão de Moto3, em 2018.
“Quero dedicar este pódio a Fausto, porque é o meu primeiro pódio em MotoGP. Ele foi realmente importante para a minha carreia, porque me deu a oportunidade de correr com a Honda (em Moto3). Eu estava nessa altura num mau momento, porque tinha uma moto má e não conseguira bons resultados. Ok vem para aqui. Sei que tens talento e podemos vencer este camponato. E fizemos-lo juntos. Por isso sinto realmente a sua falta, pois era um amigo próximo. Ele era como família para mim. Parei na Gresini para dar um grande abraço e tenho a certeza que lá em cima ele estava a assistir”, explica Jorge Martin para justificar a sua enorme gratidão a Fausto Gresini.
O espanhol da Pramac admite que “estava um pouco” nervoso por partir da ‘pole-position’, mas foi capaz de rodar consistentemente entre os primeiros durante a prova, só concedendo a terceira posição ao seu companheiro de equipa Johann Zarco mesmo no final da prova, depois de também não ter resistido à investida fortíssima do futuro vencedor, Fabio Quartararo, confessando também que na derradeira volta receava “por um desastre”. Tal não sucedeu e pôde ir ao pódio, ainda que considere que tem margem para melhorar: “Ainda me falta um pouco de velocidade, certamente, mas quando Fabio me passou estava um pouco no limite ao tentar segui-lo. Mas depois pensei: Ok, talvez agora seja tempo de forçar o andamento para que possa manter este pódio. No final foi uma pena perder a segunda posição”.
“Sinto-me contente a cem por cento, porque vi Johann e disse ‘não posso tentar, se não caio e é um desastre. Ele tem um papel na equipa, precisa de estar ali para tentar ganhar este campeonato. Mas manter o pódio e a terceira posição foi espantoso. Depois de uma pequena pré-época de MotoGP, aproveitei a oportunidade que tive. Por isso estou mesmo contente. Na verdade estava um pouco nervoso. Penso mesmo que mais do que na semana passada, porque estar na ‘pole-position’ não é fácil. Penso que mesmo que consiga outra ‘pole’ no futuro estarei novamente nervoso”, diz Jorge Martin, que considerou ter tido um andamento muito próximo dos dois primeiros quando a prova se aproximou do final: “Não estava a dar tudo, consegui até gerir bem a situação, com tempos emm 1.55,2, 1.55,1 e 1.55,4. Por isso o andamento era bom e foi por isso que estava na frente. E apesar de nervoso controlei bem a situação”.
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