Jonathan Rea não vislumbra o final da sua carreira para breve, pois a sua motivação mantém-se alta. O hexacampeão do Mundo de Superbikes quer recuperar o título a Toprak Razgatlioglu. O britânico da Kawasaki vai para a nova temporada sem ostentar o # 1 pela primeira vez desde 2015, após ter perdido o duelo épico com o turco da Yamaha. Aos 35 anos Rea está entre os pilotos mais veteranos do WSBK, sendo que Chaz Davies decidiu retirar-se e Leon Haslam e Tom Sikes perderam os seus lugares na Honda e na BMW, respetivamente. Isto apesar de Sikes ainda tentar competir este ano. Mas apesar da sua idade, Rea insiste que tem vontade de continuar a lutar por mais sucessos na disciplina.
“Nesta fase da minha carreira ainda sinto que a motivação é muito alta. De momento estou apenas motivado em ganhar, levando a minha moto aos limites, batendo os meus adversários, mas também tiro muito prazer de viajar a novos locais e trabalhar arduamente com a minha equipa nos bastidores”, diz o britânico da Kasawaki. Rea admite também: “Foi uma sensação estranha quando Chaz se retirou. Ele esteve presente em toda a minha carreira como adversário e quase estive para chegar à beira do Chaz e dizer-lhe; ‘Ó pá isto dá-me arrepios’. A época após época, corrida após corrida e chega um dia em que chega a altura de me ir embora, mas quero fazê-lo à minha maneira. Tenho de dizer que neste momento não sinto isso. Tem a ver com ganhar, tentar o meu melhor na Kawasaki e desfrutar também. Houve muito empenho no tempo de defeso e para mim em casa. Se não gostarmos disso, então aí é a altura perfeita para ir embora, mas quando há a possibilidade de ganhar e se divertir vou estar certamente na grelha de partida”, assegura Jonathan Rea.
O britânico nota ainda que um dos benefícios de ter perdido o título para Razgatlioglu foi que o trabalho de inverno foi reduzido. O piloto do Ulster – que vai ostentar o # 85 na sua Kawasaki ZX-10RR – pôde assim ‘recarregar baterias’ entre os testes de pós-temporada em Jerez de La Frontera no mês de dezembro e as primeiras voltas de 2022 na mesma pista. “Este tempo de defeso tem sido muito agradável. Às vezes ganhamos um campeonato, e é incrível. Contudo, não se vê os bastidores onde temos muitos compromissos com os patrocinadores, o construtor ou o país. Da última vez estava num avião antes do teste de dezembro. Por isso tive um bom tempo de defeso”, salienta Jonathan Rea, para quem o ‘peso’ de se ter o # 1 “é pesado”, e acrescanta: “Adoro o lado positivo de não ser Campeão do Mundo, mas não diminui o desejo de voltar a ser o # 1. Quero isso e estou trabalhar bastante para o conseguir esta época”.
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