Johan Zarco saiu do Qatar na liderança do MotoGP, após um Grande Prémio de Doha onde repetiu o segundo lugar alcançado uma semana antes na primeira prova do campeonato. Este êxito dá-lhe uma satisfação relativa, já que esperava lutar até final pela vitória na corrida de domingo mas não esperava que o seu companheiro de equipa, Jorge Martin, estivesse tão forte e fosse tão difícil de ultrapassar como foi, não conseguindo depois fazer nada quanto a Fabio Quartararo, que viria a ganhar a corrida.
Sobre a prova de domingo, Zarco refere: “Com Jorge a liderar esperava um andamento mais lento do que na semana passada, porque ele é um estreante e talvez pudesse ter algum stress, e no final acabamos por ser mais rápidos, porque depois de metade da corrida, comparando com o que sucedeu com Pecco (Bagnaia) ele estava a manter o andamento em 1m55s. Estou contente porque senti-me bem atra´s dele e de cada vez que alguém me passava, graças ao motor eu conseguia voltar ao segundo lugar. Para mim era uma corrida perfeita, como na semana passada, ter este controlo, poupar esta energia para lutar no final da corrida e talvez para a vitória”.
“Pude pensar mais na vitória, porque quando Fabio veio a quatro voltas do fim. Sentia-me muito bem e penso que os pneus não estavam tão maus para poder ter uma oportunidade de vencer. Mas depois ele ultrapassou Jorge e abriu de imediato uma vantagem. Também queria ultrapassar, mas Jorge estava um pouco rápido e foi difícil ultrapassá-lo”, confessou o francês da Pramac, que assim teve de se contentar com o segundo posto pelo segundo fim de semana consecutivo. E apesar de estar contente por liderar o campeonato, o titular da Ducati # 5 não considera que isso seja qualquer forma de remissão da sua passagem pela KTM que quase lhe custou a carreira, fazendo-o regredir para a equipa Avintia na temporada passada.
Vindo da Tech3 com a Yamaha, na KTM esperava poder lutar por vitórias em 2019, mas em vez disso a sua campanha com a marca austríaco foi desastrosa, acabando por ser dispensado da formação de Hervé Poncharal para competir pela Avintia, antes da Ducati o convencer a juntar-se à sua equipa satélite Pramac Racing. Mas Johann Zarco não gosta muito de ‘remexer’ no passado: “O que aconteceu há dois anos faz parte da vida. Tomei algumas decisões. Estou muito contente agora e estou de regresso às posições de topo e desfruto. As primeiras duas corridas foram muito divertidas e é uma boa sensação controlar. Por isso não acho que se trate de uma remissão. Apenas vivo o meu tempo agora, neste momento com a Pramac e a Ducat, e o que decidi fazer há dois anos já passou. Por isso estou contente. Não posso dizer se foi a decisão certa ou não. Tomei a decisão da minha forma e graças à Ducati cá estou”.
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