Joan Mir confessou que na qualificação está tripular a sua Suzuki de forma “pouco natural”. Isso explica porque razão as posições de largada do Campeão do Mundo não foram muito famosas nas duas primeiras provas da época do MotoGP. Isto depois de no ano passado o catalão ter sido o primeiro piloto a chegar ao título sem nenhuma ‘pole-position’ desde Wayne Rainey em 1992. Além disso a única ‘pole’ conseguida pela Suzuki desde o regresso da marca à categoria ‘rainha’ do motociclismo mundial remonta a 2015, quando Aleix Espargaro logrou o melhor tempo na qualificação do GP da Catalunha à frente do seu companheiro de equipa da altura, Maverick Viñales.
Mais do que não conseguir um lugar na primeira fila da grelha de partida nas duas primeiras provas da presente temporada, foi o facto de Joan Mir ter falhado a qualificação direta para a Q2, tanto no Grande Prémio do Qatar como no de Doha, “Temos muito trabalho pela frente”, admite o ‘dono’ da Suzuki # 36. “Estamos longe, mas estamos a aproximar-nos, e sabemos das áreas em que temos de melhorar, porque se torna para mim difícil fazer um bom tempo por volta”, admitiu. O Campeão do Mundo diz que essa dificuldade se prende muito com a forma como a moto tem de ser guiada: “Tenho de tripular de uma forma que não é natural de forma a fezr um bom tempo”.
Apesar desta dificuldade Mir consegue ser melhor em corrida, e depois de arrancar de 10º logrou adotar um andamento forte que apenas não lhe permitiu chegar ao pódio, que apenas lhe foi negado no GP do Qatar por Johann Zarco e Francesco Bagnaia. E esse desempenho melhor em prova parece relacionar-se muito pela forma como as Suzuki conseguem preservar os pneus da Michelin de uma forma que outras marcas como a Honda ou a KTM não consegue.
“Estou mais nervoso e stressado no sábado do que normalmente ao domingo. É algo que temos de resolver, porque não é nada normal ficar tão longe dos nossos rivais em termos de ritmo por volta. No final vemos que somos bons. Andamos bem. Mas não é normal os nossos adversários melhorarem meio segundo (na qualificação). Isso é algo em que temos de trabalhar. Também o meu estilo de condução natural também não me ajuda”, destaca o piloto espanhol, acrescentando: “Normalmente sou mesmo agressivo, e normalmente para se fazer um tempo por volta temos de ser agressivos. Temos de dar o máximo, mas no final temos de ser agressivos nos travões, e é algo que eu tenho. Mas com a minha moto temos de ser suaves e bem descontraídos”.
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