Jacobo Serin ‘reinou’ na Rampa de Boticas

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Jacobo Serin veio da vizinha Galia para dominar a Rampa de Boticas, a derradeira prova do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group. Aos comandos de um Norma M20 FC o piloto galego não feu hipóteses à concorrência mais direta, corporizada pelo seu compatriota Cesar Alonso, aos comandos do seu Osella PA21JRB, remetendo José Correia e o Osella PA2000 Evo 2 para o terceiro posto. Hélder Silva ‘jogou à defesa’. Pensando mais no título de Protótopos, e acabou no quarto posto, numa jornada que consagrou Pedro Marques como campeão nacional de GT.

Já a questão dos títulos nacionais de Turismos, Legends e Clássicos chegaram já resolvidas a Boticas, estando previamente entregues, respetivamente a Luís Nunes, José Carlos Magalhães e Fernando Salgueiro, numa prova que contou com bom tempo e muito público, e cujo desenlace se começou a adivinhar destes as primeiras subidas, pois Senin colocou o seu Norma a rodar num patamar inalcançável para os adversários e, sobretudo nas subidas de prova, foi sempre muito mais rápido. Como tal, repetiu ‘a dose’ de Maio e conquistou mais uma vitória em terras lusitanas. Para o registo, fica ainda a autoria da melhor subida, tendo rodado na 2ª subida oficial de prova em 2:13.355, à média horária de 137,94 km/h. Atrás de si Cesar Alonso foi rodando cada vez mais rápido no seu novo Osella, terminando a 7,8 segundos do vencedor.

Hélder Silva e José Correia eram os candidatos às coroas absoluta e de protótipos. O piloto do BRC BR53 partia com vantagem e optou por uma abordagem controlada à prova em Boticas. A estratégia deu o fruto desejado e o quarto lugar na geral e segundo entre os que pontuavam para o campeonato foi suficiente para chegar ao seu primeiro duplo título da carreira, feito mais do que merecido por tudo quanto fez na época. O até hoje campeão em título José Correia deu tudo para tentar renovar o cetro. Foi quase sempre o mais rápido português em prova, terminando no terceiro lugar final e como melhor nacional. Já António Rodrigues selou as contas da Divisão Protótipos B, garantindo em óticas o quinto lugar absoluto e voltando a vencer na sua divisão, impondo o BRC CM05 Evo da NJ Racing/Lusimed. Na segunda posição da divisão e no sexto da geral, ficou o seu colega de equipa Nuno Guimarães. O capitão da Seleção Nacional foi sempre muito eficaz com o SilverCar S2.

Nas contas da Categoria GT, Vítor Pascoal levou o seu Porsche 991 a mais uma vitória, mas foi Pedro Marques, em carro idêntico, a celebrar o título nacional. O piloto bracarense da Mobycar, segundo em Boticas, chega assim ao pico da sua carreira, enquanto o estreante Bernardo Garcia de Castro levou o seu 991 GT3 CUP ao terceiro posto na categoria. Dois ‘jovens lobos’ voltaram a dar cartas em Boticas. Com um GRIIIP G1-17, Miguel Matos não só voltou a vencer na Taça de Monolugares de Montanha, mas conseguiu ainda estar no top três da tabela de tempos absoluta da prova. Já Nelson Andrade voltou a provar porque já é um dos pilotos carismáticos da modalidade. O ‘Furacão da Madeira’ extraiu tudo do kartcross AG1000 e termina a época invicto na taça de Portugal de Kartcross de Montanha e com registos no cronómetro que o levaram sempre a rodar no pelotão da frente.

Entre o rico plantel da Categoria Turismos, o agora tricampeão nacional da Categoria Luís Nunes voltou a vencer, mantendo-se invicto em 2021. Com o seu “intratável” Ford Fiesta ST R5, o ‘Foguete de Valpaços’ foi sempre o melhor da categoria e, logicamente dominou na Divisão 1. Em Boticas, o segundo lugar na divisão foi para o regressado Pedro Filipe Marques (Subaru Impreza), com Daniela Marques, também em Subaru, a concluir a época com mais um excelente terceiro lugar. Joaquim Teixeira correu em casa e, uma vez mais, não deu veleidades nas contas da Divisão 2. Termina a época com mais um título e o pleno de triunfos na divisão, extraindo todo o potencial do seu Cupra TCR da JT59/Bompiso que lhe permitiu ainda ser, na prova e no campeonato, segundo classificado na Categoria Turismos. Atrás de si, Luís Silva levou o potente BMW M3 ao 2º posto na divisão e na categoria. Paulo Silva que guindou o Audi RS3 LMS ao último lugar do pódio na divisão.

Na Divisão 3, o duelo sem tréguas que era esperado acabou por não acontecer. Logo cedo na manhã a má notícia invadia o paddock: Sérgio Nogueira não alinharia, pois, o Renault Clio RS estava com um problema no motor que não tinha resolução possível em tempo útil. No entanto, tal infortúnio não impediu que o piloto saísse de Boticas com o almejado título na divisão. Nas contas da prova, Parcídio Summavielle levou o Renault Clio RS (R3) a mais uma vitória sem oposição, sendo secundado por Alberto Pereira (Honda Civic Type R) e Carlos Silva, também num Clio RS.

Quanto às lides dos Clássicos, Luís Delgado utilizou um potente Ford Escort RS1600 para dominar por completo ao longo de toda a corrida. Foi sempre o mais forte e assinou uma robusta vitória. Atrás de si, Parcídio Summavielle que comemorou o 50º aniversário do icónico Datsun 240 Z, levando a bela máquina nipónica ao pódio, na frente de Carlos fava, terceiro com o VW 1303. Nas contas dos Legends, o domínio do regressado Ford Sierra RS Coswrth de Carlos Alberto Oliveira foi total. O piloto foi claramente mais veloz ao longo de todo o fim-de-semana e conquistou assim aquele que se transformou na sua primeira e única vitória numa época de altos e baixos que muito condicionou o seu resultado final no campeonato, onde termina em quarto. Apenas na sua segunda prova da temporada, o duriense Rui Meireles almejou reclamar o segundo lugar em Boticas, sendo empre muito rápido e eficaz com o Porsche Boxter. Atrás de si, o último lugar disponível no pódio foi reclamado por um endiabrado Gonçalo Janeira que, nesta época de estreia, revelou muita rapidez com o seu Citroen AX GTi.

A questão dos triunfos nos 1300 foi resolvida apenas com as duas primeiras subidas de prova. Tiago Santos (Citroen AX Sport) foi claramente mais rápido, do que Marco Figueiredo (Toyota Starlet) nas duas tentativas, selando logo o triunfo ao obter uma vantagem no somatório superior a meio minuto. Nos Clássicos com cilindrada idêntica, o domínio do Datsun 1200 de José Pedro Figueiredo foi ainda mais avassalador, com o piloto-médico de Portalegre a terminar com quase um minuto de vantagem sobre Domingos Fernandes, num Autobianchi A112 Abarth.

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