Miguel Ramos e Henrique Chaves voltaram a sair vitoriosos na ronda do GT World Challenge Europe Sprint Cup que se disputou no passado fim de semana no Circuito de Zanvoort.. Isto apesar da dupla portuguesa do Lamborghni Huracan # 77 não ter podido alinhar no confronto devido à infeção por Covid-19 de um dos elementos da equipa Barwell Motorsport. Seguindo o protocolo todos os elementos, incluindo os pilotos, tiveram de ficar em isolamento. Uma situação desagradável, apesar de Miguel e Henrique terem registado a ‘pole-position’ da categoria Pro-Am.
Felizmente que os dois portugueses não saem da Holanda de ‘mãos a abanar’, pois no sábado tudo lhes coreu de feição. Ramos fez a ‘pole-position e ainda que tenha perdido momentaneamente a liderança nos instantes iniciais, a ultrapassagem que fez por fora na curva Tarzan fica para a história. Depois desse momento o piloto de Vila Nova de Gaia abriu de imediato e após a troca de pilotos, Chaves não perdeu a hipótese de continuar a abrir ainda mais, o fosso para os perseguidores e venceram de forma inequívoca a Pro-AM. Miguel Ramos ainda teve oportunidade de fazer a corrida do Super Troféu Lamborghini e foi uma experiencia muito bem sucedida pois desde o primeiro momento sentiu-se muito à vontade tendo conseguido uma excelente vitória nessa competição monomarca.
“O sábado foi excelente. Venci a corrida da Sprint Cup com o Henrique e também fiquei muito satisfeito por ter vencido a corrida do Super Troféu Lamborghini, no qual alinhei pela primeira vez. Ainda que tenha tido um fim de semana intenso a saltar de um carro para o outro, fiquei fã de Zandvoort que é um circuito espetacular, com curvas incríveis, principalmente as com banking”, assinala Miguel Ramos. O piloto gaiense destaca também: “Os carros são muito diferentes, pois o do Super Troféu parte do carro base, sem modificação na geometria das suspensões e ainda que mais potente que o GT3, tem muito menos apoio aerodinâmico, principalmente na frente e usa pneus mais estreitos. Com isto o carro tem mais velocidade em reta, mas menos velocidade média nas curvas”.
“A elevada potência permite constantes drifts na entrada e saídas das curvas, o que o torna muito divertido de conduzir mas com travagens sempre difíceis devido à muita velocidade, pouco apoio aerodinâmico e pneus mais estreitos. A nível de tempos, o GT3 é mais rápido cerca de quatro segundos. Diferencial este que o consegue nas curvas pois atinge uma velocidade média superior”, exoplica Ramos, para quem “foi excelente ter tido a oportunidade de participar em duas competições com carros semelhantes”, recordando-lhe 2007, “quando nos tempos do Maserati MC12 no FIA GT, ganhou “em Brno na Republica Checa e nessa altura também tinha feito uma prova de resistência num Mercedes do DTM”.
“Foi pena não termos participado no domingo na Race 2, mas compreende-se a decisão da equipa pois acima de tudo está a segurança e saúde publica. Felizmente todos os elementos da equipa receberam teste negativo ao Covid no final da tarde do Domingo”, lamenta ainda o piloto de Gaia, que começa já a pensar na próxima prova do GT World Challenge Europe, que terá lugar dentro de duas semanas com mais um evento da Sprint Cup, que terá lugar em Misano entre 2 e 4 de julho.
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