e há aspeto positivo que Fábio Santos tenha extraído da sua deslocação ao Rali de Famalicão, ele teve a ver com o readquirir a confiança e prazer na condução, pois o grande objetivo do piloto de Leiria e do seu navegador Ricardo Sismeiro nesta deslocação ao norte do país era recuperar os níveis de confiança afetados no acidente sofrido na Bairrada. Foi também uma participação proveitosa em termos de resultados da dupla do Citroën Saxo do Prototype Team, que na prova do Team Baia foi sexta na Divisão 2 do 4º Desafio Kumho.
“Divertimo-nos bastante. Acho que voltamos a ter gozo em andar, em aprender. E acho que esse foi o objetivo principal, e saímos deste rali satisfeitos como se tivéssemos ganho. E o carro esteve impecável. Além de que viemos sozinhos para esta prova, carregando a mala de ferramentas às costas”, começa por dizer Fábio Santos. A exibição do leiriense foi em crescendo, pois se no primeiro dia realizaram tempos entre os 20 melhores, no segundo as marcas melhoraram substancialmente e foi-lhes possível ascender ao lote dos 17 primeiros, terminar o grupo num bom lugar e serem sextos na Divisão 2 Kumho. Um resultado que diz bem da evolução e do estado de espírito da jovem dupla.
Fábio Santos faz um balanço positivo desta participação: “Saímos desta prova com o sentimento de dever cumprido. E foi um rali muito complicado. No sábado não fizemos um tempo não muito bom na primeira especial. Na segunda já fomos um pouco mais fortes, fizemos um 12º tempo à geral, estávamos ali perto de uma concorrência fortíssima, em troços que não conhecíamos. E terminamos o primeiro dia bastante felizes, tanto com o carro, como com o nosso desempenho. E voltamos a ter prazer em pilotar, tanto piloto como navegador”.
O piloto do Prototype Team destaca que no segundo dia viu a situação alterar-se devido às condições climatéricas: “Quando estamos para arrancar começou a chover um pouco mais forte. Durante esse troço, a meio ainda estava seco, depois passa a molhado e tivemos dois ou três sustos. E vi a minha vida a andar para trás. E instantaneamente tirei o pé do acelerador. Tanto nesse troço como no seguinte baixamos o ritmo”. Por isso da parte da tarde, já com piso bom, já conseguiu andar no seu ritmo. “Já conseguimos fazer troços a divertir-nos, a andar bem. Sabíamos onde podíamos melhorar, e já andamos numa boa toada e é isso que nos deixa felizes. Deixamos um bocado o medo para trás. E trabalhamos só no facto de reaprender a conduzir novamente”, observa Fábio Santois.
O piloto de Leiria elogia a organização, e admira o facto de “no meio de tantas casas conseguirem montar ali uma prova daquele tamanho com tantos carros”. Isto para além “da competitividade que se vive no Norte, que talvez por serem mais, é tudo mais competitivo. E os troços são muito técnicos”.Já Ricardo Sismeiro, navegador e team manager do Prototype FS Rallye Team, não escondeu a sua satisfação “por, finalmente, termos afastado a nuvem negra que pairava sobre nós desde o acidente da Bairrada. O rali foi para nós um treino e poderemos dizer que o rescaldo é excelente. Recuperamos o prazer de competir, desbloqueando os limites e votando a ganhar entrosamento e confiança no uso do carro. Foi muito importante para o futuro”. Sismeiro deixou ainda uma palavra de “parabéns ao Team Baia, que assinou uma excelente organização, num rali que me impressionou pelo nível competitivo, pelo público e pela estrutura. Vamos voltar com toda a certeza”.
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