Esteban Guerrieri espera “uma época dura” no WTCR

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Esteban Guerrieri está determinado a não deixar fugir o título na Taça do Mundo de Carros de Turismo como já sucedeu, sendo que no WTCR ganhou mais corridas nas últimas três épocas do que qualquer dos seus adversários. Mas na era dos pneus Goodyear o argentino de 36 anos continua a sonhar com o cetro. Por isso, para a nova temporada que este ano se iniciará no Nurbugring Nordeschleife, o piloto da Honda Munnich Motorsport espera fazer a diferença. Na pista mais longa do campeonato Guerrieri tem um bom registo, pelo que se mostra confiante, apesar de também prudente.

“Será muito desafiador para todos os pilotos começar no Nordeschleife. Não correr há sete meses e ir para o Inferno Verde é algo com que temos de lidar. Há muita intensidade em fazer logo a primeira corrida neste tipo de circuito, para o qual nunca estamos suficientemente preparados. Tem muito a ver com quando se progrida durante os treinos e a qualificação para conseguir um bom tempo por volta”, considera o sul-americano. Guerrieri diz que já ter ganho em Nurburgring não faz com que a dificuldade seja menor, além disso alerta: “Quando estamos confiante com esta pista ela pode pregar-nos partidas. Não tem a ver com o que se conseguiu já ali, mas estar muito concentrado e estar ciente do desafio que temos à nossa frente. Tem a ver com o que fazemos e podermos antecipar o que aí vem”.

O piloto argentino mostra-se determinado em estar ao seu melhor nível, pois sabe que só assim poderá ser bem sucedido. “Espero novamente uma grande concorrência. No ano passado fomos bem batidos. Estamos sempre a tentar recuperar e nunca na posição que queremos. Oi como em 2019. Espero uma forte concorrência, mas também espero da nossa parte mais ‘detalhes’ e tentar melhorar em áreas onde sabemos que não fomos fortes na última época, porque temos de olhar para os nosso pontos mais fracos”, considera. Esteban enfatiza que uma vez resolvidos esses ‘detalhes’ há que “ter a performance volta após volta, corrida após corrida”, esperando que seja “mais uma época dura como todas as temporadas do WTCR”.

Guerrieri sabe também que parte das razões para não ter conquistado o título em 2020 se deveu a um mau começo de época em Zolder, onde abandonou. Embora seja demasiado simplista reduzir tudo a uma razão. A Lynk&Co foi também uma equipa mais forte: “Acho que ambas as razões. Quando se começa com o pé esquerdo somos sempre obrigados a tentar recuperar e temos sempre de correr um pouco mais de riscos na corrida seguinte, porque sabemos que estamos atrás. Por outro lado o conjunto da Lynk&Co foi melhor em mais áreas do que nós, e eles provaram-no em pista. Tivemos mais vitórias e pódios mas eles foram mais consistentes e tinham sempre algo ‘na manga’. No final tiveram esse extra que nós não tivemos”.

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