Manuel Gião, que com Elias Niskanen se sagrou campeão GT4 Pro no Campeonato de Portugal de Velocidade e no Iberian Supercars Endurance com o Mercedes AMG GT4 da Lema Racing, defende a retórica que as corridas se ganham “do meio para a frente”. A experiência do piloto português foi determinante para juntar ao seu palmarés mais um trofréu, depois do conseguido na competição monomarca em que competiu em 2021. “Desde que deixei de correr em Itália, há uns anos largos, e regressei a casa, participei em vários campeonatos ibéricos e, portanto, agora, em 2022, voltar a um campeonato fez-me sentir em casa”, começa por dizer Gião. O piloto explica também: “No ano anterior abrira a minha estrutura, a MG Competição, e tencionava colocá-la em ação no campeonato, mas constatámos que ainda não tínhamos reunidas todas as condições para fazer um bom trabalho. E é aí que entra a Lema Racing e o Niskanen”.
“Correu tudo bem, desde a equipa aos pilotos, a nível de rapidez e de experiência, até ao carro. Acabámos a época com uma boa margem para os adversários, o que foi muito relevante face a adversários fortíssimos. A McLaren Barcelona investiu muito no campeonato e nós fomos os líderes e vencedores, como corolário de um excelente trabalho”, refere também o piloto e ‘patrão’ da MG Competição, cujos conselhos terão sido cruciais para s resultados, ainda que bem secundado pelo desempenho da Lema Racing na preparação e assistência do Mercedes-AMG GT4, para a conquista dos dois títulos em conjunto com o jovem finlandês Elias Niskanen. Sobre o qual Manuel Gião tece os maiores elogios. “O Elias também teve intervenção importante no acerto do carro e eu assumi o meu papel noutras áreas, a nível de conselhos, pois sempre defendi, por exemplo, que as corridas de resistência ganham-se do meio para a frente. Em Portimão, a temperatura no asfalto estava em os 40 e os 50 graus, portanto ia haver uma degradação enorme de pneus e eu defendi, como veio a provar-se estar certa, uma estratégia mais conservadora para o arranque e depois para a frente ir aumentando o ritmo. De resto, o Elias cumpriu sempre com o que lhe pedimos. Foi um bom casamento”, destaca.
Planos em relação a 2023 já existem e, neste momento, encontram-se na fase de angariação de patrocínios, para repetir a participação no CPV, como adianta o líder da MG Competição: “A minha estrutura, que já tem uma base sólida para crescer, vai ser uma das prioridades, até porque tenho de garantir o meu futuro. Como piloto, sinto-me competitivo e pretendo continuar no campeonato, desta feita com a MG Competição, mas será necessário adquirir um carro. Estamos a trabalhar para encontrar os parceiros para fazer avançar esse projeto”. Já para o seu jovem companheiro de equipa finlandês, que se estreou nas competições ibéricas, o arranque da temporada não deixou de ser algo complicado e um volte-face na segunda metade revelou-se decisivo para a conquista do título, como sintetizou. “ O início da temporada foi desafiante, mas no final melhorámos e ganhámos o campeonato. As novas pistas trouxeram desafios quando só tínhamos apenas algumas voltas de treinos antes da corrida. A minha equipa e o meu companheiro de equipa fizeram um excelente trabalho ao longo da temporada. No final, fiquei muito, muito satisfeito”, referiu Elias Niskanen.
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