A decisão da Delegada de Saúde de Guimarães em emitir um parecer negativo em relação à realização da Rampa da Penha Paisagem Protegida, e a não autorização de policiamento à prova do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group, que deveria ter lugar este fim de semana gerou desde já uma reação de repúdio por parte do promotor – APPAM, Associação Portuguesa de Pilotos de Automóveis de Montanha, justificado pelo tratamento diferenciado dado a outros eventos desportivos e culturais. Umma indignação colocada por escrito numa carta aberta enviada ao chefe do Governo assinada pela Direção da APPAM.
No documento é dito que o tratamento dado ao “Campeonato de Portugal de Montanha é uma autêntica vergonha. O senhor Primeiro-Ministro e o Conselho de Ministro andam a reunir com as entidades de saúde de quinze em quinze dias para decidir as medidas no âmbito do COVID 19, que se devem aplicar e respeitar na quinzena seguinte”, de viva voz a APPAM diz que “ninguém respeita” António Costa, cada funcionária(o) da saúde e dos agentes da autoridade decidem como bem entendem contrariando as suas decisões sem que V/ Ex. Cia ou os seus ministros que os tutelam nada façam para alterar estas situações obrigando a que se cumpram as medidas implementadas pelo Governo de Portugal sobre este assunto”.
“Neste momento que foi anunciado a autorização da realização de toda a atividade desportiva em recintos fechados e ao ar livre, tendo inclusive a praticada em recintos fechados direito a ter uma percentagem de publico, bem como a abertura de cafés, teatros, cinemas e tantas outras que não estão obrigadas a parecer das delegações de saúde ( o que não entendo porque razão só o desporto necessita desse despacho prova a prova) e que foi reposto o horário normal na grande maioria das atividades, é proibida a realização da Rampa da Penha Paisagem Protegida, em Guimarães, prova do Campeonato de Portugal de Montanha em automobilismo, no mesmo fim de semana em que se realizam dezenas de outros eventos desportivos federados, de diferentes modalidades, incluindo algumas sob a égida da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting”, lê.se também no comunicado do promotor do CPM.
Os responsáveis pelo Campeonato de Montanha diz que o Primeiro Ministro “deveria ter mais coerência e firmeza nas suas decisões, punindo quem não as quer cumprir. Muitas destas situações não as cumprem baseando-se na desculpa do COVID porque não querem trabalhar como foi o caso da Polícia de Segurança Pública nesta situação particular. De certeza que se fosse possível usar carga policial em cidadãos como tem acontecido em eventos de jogos de futebol em Guimarães ou estarem escondidos a tentar caçar automobilistas em excesso de velocidade ou estacionamentos os agentes da PSP estariam disponíveis”.
“O que temos vindo a verificar é que infelizmente existem alguns funcionários públicos, pagos com o dinheiro dos contribuintes, casos dos senhores(as) Delegados (as) de Saúde de Agrupamentos de Centros de Saúde e Comandantes das forças de segurança (PSP), que tem vindo a não respeitar os despachos e decisões que o senhor Primeiro-Ministro transmite ao país através da comunicação social”, salienta ainda o comunicado da APPAM, salientando:: “Esta atitude que estas entidades tomam, mostram uma total falta de respeito pelo governo e cria o descrédito na opinião pública porque um simples Delegado de Saúde, (caso concreto do Alto Ave e Guimarães) na ânsia de ter agora o protagonismo que nunca teve em toda a sua atividade profissional, porque muitos deles foram nomeados por cartão partidário ou por estarem em fim de carreira e lhe terem feito uma nomeação para um cargo meramente decorativo, agora pensam que são os donos disto tudo”
“Esta senhora Delegada, já em 2020, autorizou um espetáculo com duas mil pessoas no multiusos de Guimarães e oito dias depois proibiu a Rampa da Penha ao ar livre e depois na data que se deveria realizar a prova (48 horas após a proibição) voltou a autorizar novamente espetáculos em recintos fechados. Enfim é uma autêntica vergonha e que demonstra bem a falta de ética e capacidade para o desempenho do cargo que lhe ofereceram e que se mantém em funções, de certeza não por mérito próprio, mas por partidarite. Também alguns comandos de forças de segurança, que são pagos para zelar pelo cumprimento da lei emanada pelo governo e pela Assembleia da República, não respeitam as decisões governamentais”, diz também o promotor do Campeonato de Portugal de Montanha.
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