Aloísio Monteiro não é só o ‘patrão’ da The Racing Factory, que assiste vários pilotos do Campeonato de Portugal e no Campeonato da Madeira de Ralis – entre eles o ex-campeão Armindo Araújo e Miguel Nunes –, pois é também ele piloto no ‘Europeu’. Uma carreira que quer prosseguir, sem nunca perder de vista que um dia pretende fazer o ‘pugrade’ para o Campeonato do Mundo. A equipa de São Paio de Oleiros (S. Maria da Feira) continua a ser a ‘menina dos olhos’ de Aloísio. Uma estrutura que surgido em 2018 e está bem e recomenda-se, mas apesar da sua absorvente vida profissional no setor automóvel a nível internacional, quer continuar a competir como piloto.
Há anos os motores fazem parte da vida de Aloísio Monteiro, que participou em provas de motociclismo, ralicross, todo-terreno e ralis. Em 2008, participou em seis ralis, como navegador de Manuel Inácio num Citroen C2 GT, passando no ano seguinte a navegar Miguel Campos num Renault Clio R3, piloto com quem se manteve em 2010 num Ford Fiesta S2000 e onde se consagra campeão nacional. Em 2015 passou para o volante de uma viatura de ralis. Aloísio Monteiro, navegado por Sancho Eiró, participou em três provas ao volante de um Renault Clio R3. Em 2016 inicia a sua primeira experiência além fronteiras, competindo na Clio R3T Iberian Trophy, onde, no ano seguinte, se sagrou vice campeão. Dois anos depois, aos comandos de um Škoda Fabia R5, aposta na sua primeira experiência no Campeonato da Europa de Ralis, onde se mantém até aos dias de hoje, já ao volante de um Škoda Fabia Rally2.
No começo de mais uma época, Aloísio Monteiro não esconde que voltará “a ter objetivos muito ambiciosos nos ralis. Estaremos em várias frentes e com um único foco: vencer. Para além de queremos renovar o título madeirense pelo terceiro na consecutivo, é nosso propósito e dever lutar para vencer nas frentes em que, em 2021, tudo fizemos para triunfar, mas não conseguimos. E isto vale tanto para o panorama nacional como para as competições internacionais”. O naipe de pilotos que confiam na estrutura aumentou para 2022. A Armindo Araújo, Pep Bassas, Miguel Nunes, Rafael Botelho, Ernesto Cunha, Juan Carlos Alonso e ao próprio Aloísio Monteiro, juntaram-se, até ao momento, Pedro Almeida, Paulo Roque, Yago Gabeiras e Alex Espanhol, bem como outros dois pilotos estrangeiros que farão ralis esporadicamente. Mas isso não forçou a TRF a “grandes alterações na gestão e na área técnica. No entanto, apostamos em acrescentar à nossa equipa alguns elementos novos para gestão de alguns novos projetos e para que os nossos serviços seja cada vez mais capazes de proporcionar tudo o que é necessário”.
O homem forte da The Racing Factory defende que “quando nos apresentámos no mercado, quisemos marcar a diferença, contruindo uma estrutura com recursos humanos, técnicos e logísticos capazes de desenvolver atletas de alto rendimento nesta área, numa perspetiva de 360 graus, trabalhando com os pilotos na sua gestão de carreira, abordando aspetos tão diversos mas complementares, como a busca de patrocínios, gestão da imagem e redes sociais, gestão física , mental , profissional , espiritual e alimentar e, obviamente, coaching de melhoria da sua performance como piloto”. Como tal, não esconde que “tenho a noção de que esta abordagem nunca poderia ser feita tendo o mercado português como único destino. Por isso e desde o primeiro momento que quisemos internacionalizar, mesmo para fora da Europa e estamos cientes que a breve prazo teremos pilotos apoiados por nós provenientes do Médio Oriente, da Ásia e da América do Sul. O futuro da TRF e risonho e iremos cumprir toda a nossa ambição continuando a fazer jus ao nosso cognome de Fábrica de Campeõe!”.
Aloísio Monteiro assume também a candidatura ao título principal no ERC, o líder da equipa portuguesa “diz “que esse é um objetivo que queremos concretizar no futuro. Tínhamos um plano estruturado a 3 anos, juntamente com o Rally Team Spain, para levar o Pep Bassas até ao topo do ERC. A The Racing Factory esforçou-se muito em 2021 e os bons resultados alcançados permitiam pensar que o projeto teria tudo para vingar. Na sequência, começamos a trabalhar arduamente para 2022 e, quando tudo estava alinhado, na semana passada recebemos um email a informar que a ligação da equipa espanhola tinha terminado, sem mais nenhuma explicação. Lamentamos o esforço, dedicação e trabalho que dedicamos ao Rally Team Espanha. Só me resta no futuro aprender que com este tipo de pessoas não se deve traçar projetos desta natureza!”.
A TRF tem sido casa de sucesso para pilotos portugueses e estrangeiros de ralis. Essa confiança internacional advém, diz Aloísio Monteiro, do modelo de trabalho da estrutura: “neste sector de mercado, como sempre referi, as estruturas portuguesas são referência pela qualidade de serviço e pelos técnicos cujo talento é elevado. Pilotos e equipas cada vez mais vão buscar as melhores soluções de acordo com os objetivos que traçam. E escolhem as estruturas de assistência e apoio técnico independentemente da sua localização. Por outro lado, e dada a nossa estratégia, temos de estar preparados para proporcionar um trabalho de alta qualidade a todos, sabendo que hoje teremos pilotos de ponta portugueses como o Armindo Araújo, mas que amanhã podemos vir a ter um jovem da China ou de outra latitude”.
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