Alejandro Martins, recém-eleito, presidente da Associação de Pilotos de Todo-o-Terreno, não poupou a organização da Baja TT Montes Alentejanos no que se refere a uma série de imprecisões dos ‘roadbook’ e das marcações do percurso daquela que foi a primeira prova da temporada no Campeonato de Portugal da especialidade. Aos comandos do Mini John Cooper Works Rally desenvolvido pela X-Raid assistido pela M Racing, considerou que foi colocada a segurança dos concorrentes, num evento onde esperava mostrar mais uma vez a sua competitividade na modalidade.
“É inadmissível e requer que urgentemente este tema seja analisado de uma forma séria e competente sob pena de se matar um campeonato que é considerado o melhor da Europa. Os riscos que corremos em pistas rapidíssimas, que até são bem interessantes, mas que guiadas por deficientes ‘roadbooks e deficiente marcação ou inexistente e um ‘road book’ que foi o pior de toda a minha vida, só não nos levaram a um acidente mais grave por milagre”, desabafou Alejandro Martins sobre a prova do CPKA. O piloto da AM 48 considera as lacunas responsáveis pelo seu abandono, à imagem do que já tinha sucedido com João Ramos: “Fomos forçados a desistir depois de embater violentamente numa árvore, que se encontrava na trajetória de uma esquerda que fechava rapidamente a 90 graus no final de uma reta com 500 metros, e que nem estava assinalada no roadbook nem no percurso corretamente”.
“Mas, antes disso tivemos um sem número de situações perigosíssimas que só por milagre nos livrámos delas. Esta situação é infelizmente transversal à maioria dos pilotos e particularmente os que apostam naquelas máquinas que tornam o nosso campeonato tão especial e tão único. É urgente tomar medidas e modificar este estado de coisas. Está em jogo muito mais de que resultados desportivos. Está em jogo a segurança e a vida de desportistas”, acrescentou Alejandro Martns.
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