A edição 2023 do Rally Montelongo foi ganha por Pablo Figueiroa e Ezequiel Simões. A dupla espanhola do Talbot Sunbeam Lotus brilhou nesta roda do Campeonato de Portugal de Clássicos, onde José Merceano (Mitsubishi Lancer) reforçou a sua liderança. Um evento bem animado, candidato a integrar o calendário do Campeonato da Europa de Ralis Históricos FIA em 2024, mas onde Merceano não teve argumentos para o piloto vindo do país vizinho, de onde vieram também os vencedores da prova extra,, Rodrigo Gonzalez e Marcos Romero em Citroen AX 11 TRE), acentuando ainda mais a internacionalização do evento organizado pelo Demoporto – Clube de Desportos Motorizados do Porto.
“Adorei este rali, e só lamento não ter havido maior número de participantes, porque era muito fácil de treinar e bastante concentrado, com 130 quilómetros de classificativas, o que não existe na Galiza. Foi verdadeiramente fantástico e um exemplo de como as provas de históricos devem ser delineadas”, começou por confessar Pablo Figueiroa, estreante nos ralis na região de Fafe. O piloto galego acabou por ter a sorte pelo seu lado, dados os problemas mecânicos com que já começava a debater-se no Talbot Sunbeam Lotus na parte final do rali. “Hoje, a caixa hoje começou a perder óleo e a quarta velocidade saltava. Quando cá cheguei, sabia que poderia ser competitivo, mas desconhecia se chegava para os Mitsubishi. Estou feliz pela vitória e mais uma vez fica provado que também é necessário um pouco de sorte para ganhar…”, concluiu Figueiroa.
José Merceano, líder do campeonato português de clássicos, adquirira alguma vantagem em relação a Nuno Mateus (Mitsubishi Lancer Evo VI), seu rival também na discussão do título, na etapa de sábado, mas depois da desistência daquele, por problemas mecânicos, logo no início desta segunda etapa, ficou bem mais tranquilo. A única preocupação resultou das frequentes quebras de potência no motor do Mitsubishi. Mesmo assim, conseguiu concretizar o objetivo: “Só pensávamos em chegar ao final do rali e foi ótimo consegui-lo…”, desabafava José Merceano. Na prova extra, dominada em grande parte por Rafael Cunha (Peugeot 206 GTi), que chegou a dispor de uma confortável vantagem de 5 minutos para Rodrigo Gonzalez (Citroen AX 11 TRE), o ‘golpe de teatro’ aconteceu a duas classificativas do final, quando o líder se viu obrigado a desistir, por problemas mecânicos, deixando caminho livre para a vitória do piloto espanhol. Armando Marques (Toyota Starlet 1.3) ascendeu à segunda posição e Rui Cunha (Citroen Saxo) ocupou o último lugar do pódio.
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º Pablo Figueiroa/Ezequiel Simões (Talbot Sunbeam Lotus), 1h20m22.4s
2º José Merceano/Francisco Pereira (Mitsubishi Lancer Evo IV), a 2.14.3
3º Rui Salgado/Luís Godinho (Peugeot 306 GTi), a 3.51.4
4º Filipe Madureira/Bernardo Gusmão (Ford Sierra Cosworth), a 4.51.0
5º Luís Mota/Alexandre Ramos (Mitsubishi Lancer Evo V), a 6.49.7
6º Rodrigo Gonzalez/Marcos Romero (Citroen AX 11 TRE), a 8.19.9
7º Armando Marques/Pedro Santana (Toyota Starlet 1.3), a 10.06.2
8º Rui Cunha/João Moreira (Citroen Saxo), a 12.41.4
9º Cipriano Antunes/Nuno Batalha (Audi Quattro), a 14.02.5
10º, José Cardoso/Tiago Santana (Peugeot 106 GTi), a 14.39.0
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