Rovanpera triunfa na Estónia em grande estilo

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Kalle Rovanpera ‘selou’ a sua segunda vitória consecutiva no Rali da Estónia em grande estilo. Depois de garantir uma vantagem de mais de meio minuto no sábado – quando se impôs em todas as especiais disputadas -, o finlandês da Toyota tratou de ampliar esse pecúlio na derradeira etapa da prova, onde se impôs por mais de 52 segundos a Thierry Neuville, após ganhar 13 troços cosecutivos, batendo o anterior recorde de 12 classificativas vencidas, que era até agora pertença de Sébastien Loeb. E isto com menos 20 anos do que o francês, por isso com muita margem para se assumir como o piloto de maior êxito de sempre no WRC.

Mas para o mais jovem Campeão do Mundo de Ralis da história o mais importante foram mesmo os pontos que somou para o campeonato, pois saiu da Estónia com o máximo de pontos possível para a sua campanha para a renovação do título. Isto porque para além dos correspondentes à vitória Rovanpera ainda lhes juntou os bónus da Power Stage. Isto na sequência de uma liderança garantida desde o começo do rali, sendo que antes dele sabia que não teria de contar com um adversário de peso como seria o herói local Ott Tanak, penalizado em cinco segundos devido à troca de motor no seu Ford Puma Rally1. Uma decisão devido aos problemas detetados no propulsor na véspera do arranque da prova, sendo certo que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) irá rever a regra para de futuro o interesse desportivo de uma prova do ‘Mundial’ não ficar cerceado por uma situação idêntica.

Com tudo o que se passou Kalle Rovanpera viu a desvantagem de ir a ‘limpar’ a estrada – devido ao facto de ser líder do canpeonato, ser apenas um detalhe. Uma vez que a partir da sexta classificativa passou a comandar a classificativa, sem que Neuville pudesse fazer seja o que for. Pois apesar do belga finalmente ter o Hyundai i20 Rally1 a seu gosto, os argumentos do finlandês da Toyota nos pisos de terra dificilmente podem ser rebatidos em condições normais pelo piloto belga, que de três segundos de diferença para o Campeão do Mundo, viu essa margem aumentar paulatinamente ao longo das tiradas de sábado, onde averbou uma diiferença de 34,9s, e de domingo. Rovanpera poderia ter optando por gerir a vantagem conquistada, mas nunca o fez, de modo a ‘esmagar’ a oposição que Neuville pudesse oferecer.

Apesar de derrotado por Rovanpera, Neuville terá tido na Estónia uma das suas melhores exibições em ralis de terra, e provavelmente sem os furos que sofreu a diferença para o finlandês da Toyota teria sido menor. Sendo que a vitória de Kalle na Estónia permitiu-lhe aumentar a diferença para Elfyn Evans no Campeonato do Mundo para 55 pontos, já que o seu companheiro de equipa britânico se teve de contentar com o quarto posto na prova báltica do WRC, depois de perder o duelo pela terceira posição com Esapekka Lappi. O finlandês da Hyundai foi algo irregular, permitindo que por vezes Evans lhe ganhasse tempo, mas o duelo ‘yo-yo’ com Lappi acabaria quase sempre favorável ao nórdico, que assim acabaria por garantir o último lugar do pódio, mas só no derradeiro dia. Isto apesar do piloto da Hyundai poder evocar um problema com o sistema híbrido do seu i20 N Rally1 no final da manhã da tirada de sábado.

Depois de resolver os problemas com o seu carro, Lappi conseguiu levar a melhor sobre Elfyn na sétima especial, e desde então não mais perdeu o terceiro posto, ainda que sempre sob a ameaça do galês da Toyota, que nunca ‘baixou os braços’ na tentativa de mitigar a perda pontual que teria para Rovanpera no final deste evento. A diferença entre Lappi e Evans chegou a ser de apenas sete décimas, mas o finlandês acabaria por garantir o pódio por 7,3s. Atrás dos dois Teemu Suninen teve um regresso notável ao WRC aos comandos do terceiro Hyundai oficial, não cometendo um único erro para terminar no quinto posto, a mais de 2m20s do vencedor. Isto num rali que o finlandês assumir ser para conhecer o i20 N Rally, apesar de desde logo o ter apelidado de “carro fabuloso”

.Suninen nunca foi verdadeiramente ameaçado por Pierre-Louis Loubet, que se entregaram a uma luta sem quartel pela sexta posição. O japonês da Toyota debateu-se com uma enorme falta de confiança ao volante do Yaris GR Rally1 ao longo de toda a prova, onde chegou a apanhar um susto no sábado devido a uma momentânea perda de potência do motor do carro nipónico. Quando tudo voltou ao normal prosseguiu a sua luta com o francês da M-Sport, que Katsuta só venceu na derradeira especial do rali, e por uma margem ínfima de três décimas.

Mas o prémio do azar do Rali da Estónia vai mesmo para Ott Tanak. A penalização sofrida deixou a moral do piloto da casa bem em baixo, ainda que tenha ganho seis das primeiras oito especiais do rali. E se nas primeira e segunda etapas o seu andamento foi bastante impressionante, na terceira não encontrou motivação, pois o oitavo lugar era o único resultado a que podia aspirar, depois de no arranque da prova a punição o ter atirado para o 48º lugar da classificação geral. Já no WRC2 Andreas Mikkelsen logrou um triunfo facilitado pelos percalços de Oliver Solberg, que na primeira etapa teve de se retirar com a suspensão do seu Skoda partida. Ainda assim Mikkelsen acabou por ter em Sami Pajari um rival à altura, pois o finlandês terminou a somente 9,7s do norueguês, sendo que ambos completaram o top 10 da ‘geral’.

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