Infortúnios afetam Manuel Gião em Jarama

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Um conjunto de vicissitudes impediram Manuel Gião de concretizar em resultados o potencial que tinha para sair de Jarama com bons resultados na jornada do Campeonato de Portugal de Velocidade e Ibérico Supercars realizada no traçado dos arredores da capital espanhola. De tudo um pouco aconteceu ao campeão em título, que não conseguiu materializar numa boa classificação o andamento evidenciado aos comandos do Mercedes AMG GT4 da Racar Motorsport. Isto depois de na etapa inagural da competição – disputada no Autódromo Internacional do Algarve – já ter conhecido uma série de contrariedades.

O fim de semana madrileno até começou bem para Gião, que conquistou a ‘pole-position’, ao passo que Carlos Vieira, o seu colega de equipa, obteve o sexto posto da ‘geral’, deixando o duo da Racar Motorsport confiante para as corridas de domingo. No entanto, o dia das provas acabaria por ser madrasto para a dupla do Mercedes-AMG GT4 número dezoito. Na primeira corrida, quando Manuel Gião se aprestava para deixar as boxes e ocupar o seu lugar na pole-position, o carro alemão recusou-se a funcionar devido a um problema na sua bomba de gasolina. Quando foi possível à Racar Motorsport colocar o Mercedes-AMG em funcionamento e o piloto de Vila de Rei pôde entrar em pista, já tinham sido realizadas onze voltas. Ainda assim, Manuel Gião levou o carro de Estugarda até à linha de meta, assinando pelo caminho a volta mais rápida da corrida, o que demonstra bem a sua competitividade e potencial.

Na segunda corrida, foi a vez de Carlos Vieira realizar o primeiro turno de condução, tendo conseguido subir a quinto, encostado ao quarto classificado, poupando o carro para que o seu colega de equipa pudesse atacar na segunda metade da prova. Quando Manuel Gião pegou no Mercedes-AMG GT4 rapidamente imprimiu um andamento forte, conseguindo subir a quarto para perseguir o terceiro classificado. No entanto, voltou a sentir problemas no seu carro, com o mal funcionamento do alternador a provocar falhas no motor e na direcção assistida. Ainda assim, o piloto de Vila de Rei não baixou os braços, continuando a perseguir o terceiro classificado. No entanto, a duas voltas da bandeira de xadrez, quando se aprestava para dobrar um retardatário, acabou por se dar um toque entre os dois carros.
Apesar dos muitos danos, Manuel Gião continuou em pista, ainda que a baixo ritmo, cruzando a linha de meta já com o carro desligado devido aos problemas de alternador, ficando classificado em décimo da geral, sexto da divisão GT4 Pro. “Foi um fim-de-semana dececiontante. Preparámos muito bem o carro para Jarama, o que é demonstrado pela pole-position que conquistei e pela volta mais rápida na primeira corrida, mas tivemos algumas contrariedades técnicas inesperadas – problemas que nunca se tinham manifestado anteriormente. É frustrante, porque em circunstâncias normais estaríamos a lutar pelos lugares do pódio e pela vitória”, afirmou o piloto de Vila de Rei.

Muito embora o fim-de-semana não tenha decorrido da forma esperada, Manuel Gião sublinha alguns aspectos positivos que poderão ser importantes para o resto da temporada. “O objectivo para nós é vencer e ficou bem patente que temos ritmo para que isso aconteça, mas temos tido alguns infortúnios técnicos que nos tem impedido de demonstrar o nosso verdadeiro potencial. Vamos trabalhar para resolver estas contrariedades e continuar a desenvolver o nosso carro para que siga como um dos mais competitivos do plantel, como ficou claro em Jarama”, concluiu o piloto de Vila de Rei.

A próxima etapa do Campeonato de Portugal de Velocidade é a 52ª edição do Circuito Internacional de Vila Real, que se realiza de 14 a 16 de Julho.

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