Fábio Mota teve um fim-de-semana difícil no Circuito del Jarama, onde se disputou a segunda etapa do ibérico Supercars Endurance e Campeonato de Portugal de Velocidade, com diversas contrariedades técnicas e não só. O piloto de Vila Nova de Gaia, depois de um início de temporada sólido, que incluiu um pódio, esperava no circuito espanhol dar um salto competitivo com a montagem do ABS no Ginetta G55 GT4 da Tockwith Motorsports. No entanto, desde a sessão de testes, este novo componente criou problemas aos pilotos do carro com o dorsal número trinta e sete, resultando numa saída de pista logo no primeiro contacto com a pista e outra nos treinos-livres.
Foi então decidido pela equipa inglesa desligar o sistema, mas os danos já estavam feitos, uma vez que Fábio Mota e o seu colega de equipa, Bruno Pires, realizaram as duas qualificações sem terem rodado consistentemente no exigente traçado de Jarama, o que os deixava em desvantagem. Na primeira qualificação, Bruno Pires levou o Ginetta até ao décimo primeiro lugar da geral, sexto da GT4 Pro, ao passo que Fábio Mota conseguia o décimo posto, sétimo da sua divisão. Na primeira corrida, disputada na manhã de domingo, Bruno Pires protagonizou um bom primeiro turno, tendo Fábio Mota dado boa continuidade a performance do seu colega de equipa, para cruzar a linha de meta no sétimo posto da geral, quinto da classe GT4 Pro.
Na segunda prova dominical, o piloto de Vila Nova de Gaia realizou o arranque e ao longo do seu turno conseguiu subir a sétimo, o que abriu boas perspectivas de um resultado de relevo. No entanto, Bruno Pires não conseguiu evitar uma saída de pista, devido a dificuldades com a travagem, o que provocou o abandono do duo do Ginetta G55 GT4, que ainda assim ficou classificada na décima sétima posição, sétima da classe GT4 Pro. “Foi um fim-de-semana muito complicado! Eu estava engripado, o que não ajudou em nada, e tivemos problemas nos testes e nos treinos-livres, o que significou entrarmos para as qualificações sem muito tempo de pista, ressentindo-se os resultados. Num circuito em que as ultrapassagens são difíceis, na primeira corrida conseguimos o resultado possível. Na segunda poderíamos ir um pouco mais além, talvez o quarto posto na nossa divisão fosse possível, mas voltámos a ter questões com os travões. Foi desapontante”, afirmou Fábio Mota.
Não tem sido um início de temporada fácil para o piloto de Vila Nova de Gaia, mas este não desarma, estando determinado em encontrar a melhor forma de progredir. “Penso que, antes de mais, será importante resolver estas questões com os travões que nos tem custado performance e até algumas saídas de pista. Temos também de encontrar algum desempenho para podermos estarmos na luta pelos lugares que nos interessam. Vamos ter de trabalhar com a Tockwith Motorsports para verificarmos as melhores soluções. Temos de dar um passo em frente”, concluiu o piloto gaiense, que enfrenta a próxima etapa do campeonato em Vila Real, a 52ª edição do Circuito Internacional transmontanto, que se realiza de 14 a 16 de Julho.
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