A MNE Sport teve um fim de semana agridoce na 42 edição da Rampa Internacional da Falperra, pois se com Parcídio Summavielle alcançou uma vitória nos Turismos 3 do Campeonato de Portugal de Montanha e um pódio na Categoria Turismos, tendo José Carlos Magalhães sido segundo nos Turismos 1 e quinto na categoria e o Fernando Salgueiro terminava em terceiro dos Clássicos. as coisas acabaram menos bem para os dois elementos mais novos da equipa, Diana Martins e André Magalhães, ainda que por razões diferentes.
Ciente dos desafios que a equipa enfrentava, José Carlos Magalhães tinha justificadas ambições para a grande festa da montanha no nosso país, que é sempre a famosa subida ao Bom Jesus. E se é certo que relativamente a Parcídio Summavielle elas foram cumpridas e até superadas, em relação à sua presença na prova do CAM aos comandos do Mitsubishi Lancer Evo X o resultado poderia ter sido ainda melhor. “Não posso estar desiludido com os resultados, que em grande medida cumpriram e até superaram um pouco as expetativas”, começa por dizer o líder da MNE Sport. Relativamente a Parcidio Summavielle, José Carlos Magalhães considera que o fafense esteve à altura dos acontecimentos. “O Parcídio, atendendo às circunstâncias, esteve muito bem. Venceu os Turismos 3, como era o seu grande objetivo, e ainda foi terceiro na categoria de Turismos à ‘geral’. Foi sempre muito consistente”.
Já em relação a si próprio o líder da MNE esperava um pouco mais, devido às circunstâncias. “Fui segundo nos Turismos 1 e fui quinto na categoria ‘à geral’. Mas sinto que poderia ter ido mais longe. O carro tinha um ‘rapport’ de caixa demasiado curto. Ganhava tempo aos adversários no primeiro setor do percurso e depois na parte mais rápida da rampa perdia bastante tempo”. Quanto a Fernando Salgueiro, José Carlos Magalhães considera que o desempenho do piloto do Caramulo na prova bracarense foi algo condicionado: “Depois de alguns azares em Murça a afinação do Escort não foi a mais conseguida. Também teve alguns problemas de caixa de velocidades. Foi pena pois sem isso teria talvez sido melhor do que terceiro nos Clássicos de Montanha”.
José Carlos Magalhães também observa que se tem de ter conta o handicap de Fernando Salgueiros face aos adversários, “pois ele tem um carro claramente inferior aos do José Pedro Gomes e do Flávio Saínhas. Ainda assim já provou que é capaz de lutar com eles em certas circunstâncias, desde que com o carro esteja sempre tudo a cem por cento”. Contudo a maior mágoa de José Carlos Magalhães nesta Rampa da Falperra acabou por ser o facto do seu filho André não ter podido competir, já que o Toyota Starlet Grupo 5 que a equipa preparara com todo o cuidado para esta prova acabou por ter problemas de transmissão. «Foi de facto muito frustrante, porque tínhamos muitas expetativas nesta participação. Não percebo o que se passou, mas a caixa de velocidades apresentou uma fissura. O que era impossível de reparar no local. É um pouco frustrante porque a transmissão era nova e tínhamos posto grande cuidado na preparação do carro. Provavelmente o que se passou deveu-se a um defeito de material”, explicou.
A outra contrariedade que a MNE conheceu durante o fim de semana foi a saída de pista de Diana Martins. Mas o líder da equipa diz que isso em nada retira a boa impressão que a jovem deixou: “Ela assinou tempos muito bons. Mostrou que tem muito jeito. Um grande potencial. Provavelmente um excesso de confiança levou a que saísse de estrada. Mas queremos que regresse e vamos recuperar o carro para que volte na próxima prova do campeonato”. Quanto a Eva Laranjeira, José Carlos Magalhães diz que a piloto duriense cumpriu o que dela se esperava aos comandos do KIA Picanto GT. “Andou sempre muito bem. Sendo que não nos podemos esquecer que ela tem o carro mais fraco da categoria. Por isso estamos muito satisfeitos com o seu desempenho”.
José Carlos Magalhães é também crítico relativamente à organização da rampa, apontando “ao muito tempo de espera que não se compreende. Por exemplo, na jornda de domingo, chegamos às 7h00 da manhã, as primeiras subidas de treinos às 8h00 e a primeira subida de prova. Depois às 19h00 ainda estávamos a subir. Não se compreende, pois, 12 horas para se fazer tão pouco não faz qualquer sentido”. O líder da MNE Sport diz que já nem aborda outros assuntos que não estiveram bem na Falperra, mas não entende “porque é que carros que não estão a competir, como os dos ‘guests’ são colocados antes das subidas de prova, atrasando tanto o programa. Se fossem concorrentes ainda se percebia. Assim não faz qualquer sentido. Por exemplo um dos carros do ‘drift’ teve problemas e aquilo voltou a atrasar imenso. Eu percebo que haja quem gosta de ‘drift’, não tenho nada contra isso, mas há que haver bom senso e coisas destas não devem acontecer”.
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