Será novamente aos comandos do Mitsubishi Mirage preparado pela MPRO que Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva atacam este fim de semana as míticas estradas de Sintra e de Mafra, em busca da terceira vitória consecutiva no Rali das Camélias. Sendo que não passou ainda uma semana desde a Baja TT Montes Alentejanos ESC Online e já o piloto de Almada mudou o ‘chip’ para passar para o ‘modo rali’ e enfrentar os quase 80 quilómetros de troços cronometrados da edição 2023 do Rali das Camélias. E a motivação é total, não só porque é o segundo ano consecutivo em que tripulam o Mirage, mas sobretudo pela confiança reforçada com que depois do bem sucedido teste que efetuou com o carro nipónico em Fafe.
“Vamos dar tudo para alcançar mais uma vitória”, assume Rui Madeira que revela ainda estar ansioso por “começar o rali. Este ano a estrutura é diferente e vai de certeza provocar mais dificuldades. Por outro lado, a lista de participantes é boa e contámos com muita luta por parte de algumas equipas muito fortes. Respeitamos todos, mas sabemos do nosso valor e queremos alcançar a terceira vitória consecutiva, sobretudo para agradecer aos nossos patrocinadores, em especial à ESC Online, pois o rali é na área de influência de Lisboa, zona fulcral para o nosso patrocinador”. A ligação de Rui Madeira aos famosos troços de Sintra remonta ao início da derradeira década do século passado. Em 1990, em mais uma famosa “noite” sintrense, no então Rali do Montepio Geral, designação dada nesse ano ao tradicional Rali do Sintrense, Rui Madeira deu um recital de condução que o levaria ao triunfo no saudoso Troféu Marbella.
“Nos Iniciados treinava-se muito. Havia que criar o hábito de ouvir notas. Fazíamos dez ou quinze passagens num troço! Lembro-me de ir ir às duas da manhã andar com o saudoso Tomaz Mello Breyner. Pensava eu que conhecia Sintra!… Ele mostrou-me os troços… ao nível de cada pedra! Onde podia meter as rodas, onde não podia, num grau de pormenor incrível”. A ‘lição do mestre’ resultou. Navegado por Hélio Nunes, Rui Madeira deu tudo o que tinha e não tinha. “Foi um rali que me ficou na memória. Até começamos a subida da Peninha de faróis apagados, ao lusco-fusco, só para não perder potência. Naqueles carros tudo contava! E disse ao Hélio: prepara-te que ou ganhamos ou desfazemos o carro!”, com a saga a terminar com uma vitória magnífica, depois de um duelo ao segundo, à chuva e com nevoeiro”.
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