Miguel Cristóvão concluiu a sua participação nas Asian Le Mans Series com uma boa exibição na derradeira corrida, disputada, tal como a penúltima, no Circuito de Yas Marina, no Abu Dhabi. No emirado, à imagem do que havia sucedido no Dubai, havia duas provas, sendo que a primeira várias vicissitudes impediram que fosse além na nona posição da classe LMP3, aos comandos do Ligier JS P320 da Inter Europol, que dividiu mais uma vez com o Kai Askey e Wyatt Brichacek. Para esta corrida a equipa largava da 11ª posição, mas com um andamento bastante forte o piloto de Lisboa foi ganhando lugares, terminando o seu turno na terceira posição, apesar do ‘spoiler’ dianteiro do protótipo verde e amarelo estar danificado devido a um contacto de um GT.
Apesar dos danos no Ligier # 53, Askey e Brichacek continuaram em bom ritmo, e poderiam ter obtido um bom resultado senão fosse uma penalização com uma passagem pelas boxes, devido à violação dos limites da pista já perto do final. “Foi o resultado possível numa corrida que não foi fácil. Sinto-me cada vez mais à vontade no Ligier e com a equipa, e pude mostrar um ritmo muito competitivo, o que o levou até ao terceiro posto. Ainda dentro da primeira meia hora de prova sofri um toque que nos danificou a frente do carro e isso teve impacto na performance. Ainda assim sem aquele ‘drive-through’ teríamos assegurado um resultado entre os cinco primeiros, o que demonstra bem o nosso andamento num plantel tão forte”, declarou Miguel Cristóvão após a corrida.
No dia seguinte o piloto português haveria de dar boa conta de si ao conseguir a sexta posição nos LMP3. Isto depois de uma contrariedade o ter impedido de suma subida ao pódio. Mais uma vez Cristóvão foi o responsável pelo primeiro turno de condução no Ligier # 53, com Kai Askey e Wyatt Brichacek a fazerem os seguintes, e ao logo de mais de duas horas de condução – com apenas uma situação curta de bandeiras amarelas, foi progredido na classificação, após ter largado do oitavo lugar da grelha de partida. Quando foi às boxes para ceder o volante a Brichacek o piloto de Lisboa já estava no quarto lugar. No entanto quando o piloto norte-americano saiu para a pista uma das rodas do protótipo soltou-se obrigando-o a realizar uma volta a baixa velocidade para regressar às boxes e resolver a situação. Com isso a possibilidade de um lugar no pódio ficou arredada.
“Foi um ‘stint’ intenso e muito exigente, dado que andamentos ao máximo durante mais de duas hora. No final estava com os pneus muito gastos, mas mesmo assim consegui manter um bom ritmo. Penso que foi uma boa prestação e estávamos, mais uma vez, na luta pelo pódio. No entanto tvemos o azar na roda que se soltou e isso condicionou o nosso resultado. Foi pena, porque estamos seguros de que terminaríamos entre os três primeiros”, sublinhou Miguel Cristóvão. Aiinda assim o piloto faz um balanço positvo da sua prestação na edição 2023 da ALMS: “Foi o meu primeiro contacto com uma equipa e desconhecia os circuitos por completo, mas mesmo assim estivemos sempre na luta pelas primeiras posições. Apenas diversas contrariedades nos impediram de subir ao pódio em mais que uma ocasião. No etanto foi um bom ensaio”.
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